Classificação da intensidade energética no litoral de Espinho


Autoria(s): Heitor, David José Moutinho Russo Santos
Contribuinte(s)

Sancho, Francisco

Neves, Maria da Graça

Data(s)

28/04/2014

28/04/2014

2014

Resumo

Dissertação para obtenção do Grau Mestre em Engenharia Civil – Perfil de Construção

A costa ocidental portuguesa, devido à influência da forte agitação vinda do Atlântico é, muitas vezes, atingida por temporais. A erosão costeira associada à agitação marítima é um problema grave a considerar na gestão do litoral. Em particular no litoral de Espinho, onde desde há mais de um século têm ocorrido problemas de erosão e destruição de património devido a fortes tempestades marítimas, tornou-se necessário proteger essa zona, de forma a prevenir e minimizar os riscos de erosão e inundações. Nesta dissertação propõe-se classificar a intensidade energética associada a períodos de tempestade no litoral de Espinho, adaptando a este caso de estudo a metodologia utilizada por Mendoza e Jimenez (2011) para o litoral da Catalunha. Para tal, primeiramente, estimaram-se as condições de agitação marítima em 26 pontos distribuídos ao longo de 12,5 km, à profun-didade de 15 m (ZH), paralelamente ao litoral de Espinho, através da propagação das condições de agitação marítima ao largo recorrendo ao modelo numérico de geração e previsão de agitação marítima SWAN. As condições na fronteira oceânica deste modelo foram definidas pela série de dados estimados ao largo da Figueira de Foz (Dodet et al., 2010) para o período entre 1 de Janeiro de 1953 e 31 de Março de 2009. Com base nas séries temporais locais de altura de onda significativa (Hs), período de pico (Tp) e direcção de onda (D) obtiveram-se as durações, a inten-sidade energética, os valores máximos e médios de altura de onda significativa e período de pico e as direcções de onda em cada temporal. Através destes resultados, propôs-se uma classificação da intensidade energética asso-ciada a temporais, baseada em Mendoza e Jimenez (2011), com as seguintes classes: Fraca, Moderada, Significativa, Severa e Extrema. Verifica-se que o litoral de Espinho pertence total-mente à classe de intensidade Severa, embora com maior intensidade a norte que a sul do troço classificado. Verifica-se também que a intensidade energética é fortemente correlacionada com a duração do temporal e, em menor grau, com a altura significativa máxima do mesmo. Finalmente discutem-se os resultados das intensidades energéticas obtidos a partir da definição de diferentes limiares do valor da altura de onda significativa (3 m, 4 m e 5 m), obtendo-se assim, diferentes valores do número total de períodos de tempestade anuais. Igualmente dis-cutem-se as diferenças entre os resultados obtidos através de mais duas propostas de classifica-ção de temporais distintas da definida por Mendoza e Jimenez (2011). Verifica-se que aumen-tando os limiares da intensidade energética associados às classes superiores se obtém uma (desejável) distribuição decrescente do número de temporais das classes mais baixas para as maiores. Contudo, a nova classificação carece de validação em outras zonas.

Identificador

http://hdl.handle.net/10362/11977

Idioma(s)

por

Publicador

Faculdade de Ciências e Tecnologia

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #SWAN #Espinho #Agitação marítima #Intensidade energética #Tempestade
Tipo

masterThesis