O silêncio em Paula Rego
Data(s) |
16/04/2014
16/04/2014
01/09/2013
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Resumo |
Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Filosofia, especialidade de - Estética Esta dissertação constitui um conjunto de reflexões sobre o tema filosófico do silêncio no trabalho artístico de Paula Rego. Partindo inicialmente da ideia de Wittgenstein, presente no final do Tractatus, que conclui que a filosofia é silêncio, e que acaba por ser a alavanca para todo o seu pensamento filosófico sobre a acção humana no mundo, e consequentemente sobre os jogos de linguagem, procura-se mostrar até que ponto o silêncio na arte de Rego representa aquilo que está aquém de qualquer código comunicacional. Procura-se ainda mostrar de que forma o agente artístico, e Paula Rego, se coloca num espaço-tempo aquém da linguagem, anulando o próprio sujeito criador e, numa atitude de renúncia, em busca do silêncio, se aproxima tantas vezes da temática da morte, do sonho ou da fábula que, em Rego, funcionam como uma espécie de máscara nietzschiana, recorrente no seu discurso artístico. Tem relevante importância averiguar ainda até que ponto a obra da artista e a sua irreverência, numa atitude eminentemente profícua, fazem parte de uma necessidade de posicionamento político, servindo essa função denunciadora que abarca memórias do passado, reflectidas no Portugal presente. Deste modo, quais são as ferramentas e mecanismos que permitem à artista deslocar-se fora de qualquer linguagem e das próprias instituições do poder para empreender esta revolução/revelação política? É desta forma que surge uma análise do sadismo e masoquismo, presentes em Paula Rego, quer na sua iconografia, quer na própria atitude da pintora, já que são a condição antropomórfica mais próxima do estado mais primitivo da existência humana e, assim, da anulação do sujeito. As três vertentes silenciosas encontradas na obra de Paula Rego são verdadeiramente gritantes e poderosas e a sua obra é sem dúvida carregada de um silêncio ensurdecedor, no sentido daquilo que se encontra aquém da linguagem e do que Wittgenstein conclui sobre a filosofia, que deverá ser a missão principal da obra de arte. |
Identificador |
http://hdl.handle.net/10362/11935 201015617 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #Anarquismo #Arte #Arte anarquista #Casa das Histórias #Estética #Paula Rego |
Tipo |
masterThesis |