Desigualdades socioeconómicas em saúde : 1987-2006 : estudo com base nos inquéritos nacionais de saúde


Autoria(s): Fernandes, Alfredo Miguel Pires
Contribuinte(s)

Perelman, Julian

Data(s)

04/03/2014

04/03/2014

2013

Resumo

RESUMO - Introdução: Apesar do investimento para garantir universalidade nos cuidados de saúde, estudos em vários países mostram o aumento das desigualdades socioeconómicas em saúde. Este estudo analisa estas desigualdades e a sua evolução em Portugal entre 1987 e 2006. Metodologia: Utilizou-se os dados dos quatro Inquéritos Nacionais de Saúde (INS) elaborados até hoje excluindo as pessoas com menos de 35 anos (INS87 – 12126 casos; INS95- 15795 casos; INS98/9- 11726 casos; INS 05/6- 11318 casos). Foram analisados cinco indicadores de saúde (hipertensão, diabetes, asma, bronquite e má saúde autoreportada). O estatuto socioeconómico foi medido pela educação e rendimento. As diferenças entre escalões mediram-se pelos Odds Ratio (OR) obtidos através de regressões logísticas multivariadas. As variáveis de ajustamento utilizadas foram: idade, tabagismo, obesidade e possuir um seguro de saúde. Os resultados foram analisados separadamente por sexo. Resultados: Para todos os indicadores e inquéritos observou-se uma prevalência inferior nos grupos de educação e rendimento mais elevados (OR entre 0,155 e 0,877). No entanto, as desigualdades não foram significativas para o rendimento no caso da hipertensão, diabetes e bronquite, no sexo masculino e em todos os inquéritos. Na educação verifica-se uma diminuição das desigualdades ao longo do tempo na hipertensão, diabetes e Má Saúde, no sexo masculino; no caso do rendimento observa-se o mesmo para a diabetes, asma e Má saúde, no sexo feminino. Discussão: Confirma-se a existência de desigualdades socioeconómicas no estado de saúde favorecendo os escalões mais elevados. A diminuição das desigualdades na maioria dos indicadores analisados contraria a evidência recente.

ABSTRACT - Introduction: Despite the investment to assure universality in health care, several studies show the increase of socio-economic inequalities in health. This study analyses the social inequalities in health and their evolution in Portugal, from 1987 to 2006. Methods: It was used the data from four Portuguese National Health Surveys (NHS) created until today, excluding people with less than 35 years-old. (NHS87 – 12126 cases; NH95 – 15795 cases; NHS98/9 – 11726 cases; INS05/6 – 11318 cases). It was analyzed five health indicators (hypertension, diabetes, asthma, bronchitis and poor- self-reported health). The socioeconomic status was measured by education and income. The differences between groups were measured by the Odds Ratio (OR) from the multivariate logistic regressions. The adjustment variables used was: age, tobacco use, obesity and health insurance. The results are separated by genre. Results: It was observed a lowest prevalence for the most elevated education and income categories (OR between 0,155 and 0,877) for all indicators and surveys. However, inequalities weren’t significant to income in hypertension, diabetes and bronchitis, for male, in all surveys. In Education, it was observed a decrease of inequalities in time, for hypertension, diabetes and poor self-reported health, in male; in income it were observed the same for diabetes, asthma and poor-health, in female. Discussion: It was Confirmed the existence of socioeconomic inequalities in health status, favoring the highest education and income groups. The decrease of inequalities in most indicators contradicts recent scientific evidence.

Identificador

http://hdl.handle.net/10362/11514

201121786

Idioma(s)

por

Publicador

Escola Nacional de Saúde Pública. Universidade Nova de Lisboa

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Desigualdades #Saúde #Educação #Portugal #Inequalities #Health #Education #Portugal
Tipo

masterThesis