Martim Afonso de Sousa e a sua linhagem: a elite dirigente do Império Português nos reinados de D. João III e D. Sebastião
Data(s) |
20/02/2014
20/02/2014
2007
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Resumo |
Tese de doutoramento em História, Especialidade História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa O estudo em desenvolvimento nas páginas seguintes é apresentado num contexto historiográfico bastante diferente daquele que presidiu à sua formulação original, há cerca de oito anos, nomeadamente no que toca à problemática social da Expansão Portuguesa. De facto, após uma longa experiência de acentuado primado da vertente económica, começaram a ser franqueados, ou esquadrinhados de forma mais aprofundada, outros horizontes temáticos, emergindo justamente entre eles o campo social1. Foi, assim, possível ajustar as problemáticas inicialmente definidas à evolução historiográfica. Cumpre assinalar, neste âmbito, a revalorização do papel exercido pela nobreza portuguesa nos domínios extra-europeus, através da análise dos diversos condicionalismos que presidiram à sua migração em larga escala, bem como da caracterização dos respectivos elementos enquanto agentes de descobrimento geográfico, conquista territorial, administração pública e exploração económica. É sabido que o desenvolvimento do processo ultramarino resultou da conjugação de vários esforços, da participação generalizada da sociedade portuguesa da Idade Moderna. Não obstante, o protagonismo alcançado na condução e implementação do movimento justifica uma atenção privilegiada sobre a prestação do estrato nobiliárquico. Se tal papel escapou tempos a fio, dir-se-ia de maneira natural, às camadas populares, dificultando em extremo um ensaio de reconstituição e problematização do seu envolvimento2, veio a assistir-se, na segunda metade do século XVI, a uma significativa mudança da situação, proporcionada pela emergência simultânea da iniciativa privada aventureira nos espaços asiáticos localizados a oriente do Cabo Comorim3 e no sertão brasileiro, primordialmente desbravado a partir do planalto de Piratininga4. De igual modo, foi somente a partir de meados de Quinhentos, que o clero regular se afirmou enquanto motor dinâmico da Expansão, em função do surto missionário que então ganhou alento renovado5. Ao invés, o concurso da nobreza foi marcado tanto por um destaque qualitativo como pelo carácter continuado do mesmo, com consequências proporcionais ao nível do volume de fontes coevas disponíveis, seja na cronística seja na massa documental avulsa. |
Identificador | |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #Martim Afonso de Sousa #Nobreza portuguesa #Genealogias #Política colonial #Portugal #Séc. 16-17 #Clientelismo #Redes de parentesco #Expansão portuguesa #Descobrimentos portugueses | Colonização portuguesa #Brasil #Índia |
Tipo |
doctoralThesis |