Voltar à escola 20 anos depois: um desafio pessoal e social
Data(s) |
13/02/2014
13/02/2014
01/12/2013
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Resumo |
Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Ciências da Educação, na Área de Es-pecialização de Educação e Formação de Adultos Este trabalho de investigação, desenvolvido no domínio da Educação e Formação de Adultos, procura saber porque é que os adultos com mais de 35 anos voltam à escola depois de um interregno de escolarização superior a 20 anos. O seu objetivo é contribuir para o aprofundamento da compreensão de uma problemática inovadora e cada vez mais atual: os adultos voltam “à escola”, mas quais são as suas motivações e expetativas depois de acabarem o ensino secundário. Considerando que esta problemática se situa na interface entre o sistema educativo, o mundo do trabalho e a sociedade em geral, o quadro teórico de referência foi construído a partir de uma abordagem multidisciplinar, de forma a fornecer um enquadramento que pudesse abarcar a complexidade dos fenómenos em questão, na perspetiva da investigação educativa. O estudo empírico foi desenvolvido através de entrevistas individuais (estudo I) e coletiva (focus group – estudo 2), com a finalidade de identificar e caracterizar que tipo de adultos voltam à escola e que acabam os seus estudos do ensino secundário durante a durabilidade prevista do percurso escolar, a saber, o ensino recorrente de nível secundário (três anos – estudo 1) ou do curso EFA de habilitação escolar de tipo A (dois anos – estudo 2). Trata-se de uma investigação de caráter qualitativo, que para ser realizada teve como critério relevante a escolha de sujeitos com mais de 35 anos e terem concluído o ensino secundário na altura prevista. Os dados obtidos foram objeto de uma análise crítica articulada com o enquadramento teórico, procurando evidenciar as motivações e expetativas existentes nestes alunos adultos. A partir dos seus relatos foi possível conhecer os seus resultados escolares, até que chegassem ao ensino secundário, assim como as dificuldades enfrentadas e perceber o que a escola representa para estes sujeitos, nas duas modalidades de ensino. Foi possível ainda apontar algumas contribuições trazidas pelo ato de escolarizar-se para a melhoria da quali-dade de vida a nível pessoal, profissional e social. Como conclusão, parece verificar-se a existência de vários discursos teóricos que nem sempre são convergentes com o enquadramento teórico de suporte das Ciências da Educação, como é exemplo a transposição da pedagogia de tipo escolar para os adultos. |
Identificador |
http://hdl.handle.net/10362/11399 101292651 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #Vida adulta #Andragogia #Aprendizagem ao longo da vida #Educação e formação de adultos #ensino recorrente secundário #Cursos EFA de nível secundário #Motivação #Desenvolvimento pessoal e social |
Tipo |
doctoralThesis |