O Léxico do crioulo guineense e as suas relações com o português: ensino bilingue português-crioulo guineense
Data(s) |
09/01/2014
09/01/2014
01/11/2013
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Resumo |
Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários á obtenção do grau de Doutor em Linguística, especialidade de Lexicologia, Lexicografia e Terminologia Esta Dissertação de Doutoramento em Linguística, especialidade em Lexicologia e Lexicografia, é uma “Investigação” sobre a origem do Crioulo Guineense (CrG), a sua autonomia como língua e o seu estatuto de Língua Nacional. A Tese continua a Dissertação de Mestrado na UNL em 1997, que apresentou um modelo de Dicionário bilingue e uma Gramática que cristalizasse na escrita um conjunto de vocábulos, seleccionados em textos escritos e orais: a “fixação escrita” e a normalização do CrG eram condições indispensáveis para ultrapassar a situação de “diglossia” e ajudar o Ministério da Educação Nacional a tomar em consideração o factor língua no ensino, como meio para melhorar o ensino-aprendizagem do Português, porque a língua materna dos alunos ou uma língua que eles conhecem são os alicerces para a aprendizagem de outras línguas. É apresentado também o Projecto de Apoio ao Ensino Bilingue das Ilhas Bijagós (PAEBB) iniciado no ano lectivo de 2000-2001 como continuação do Projecto dos Centros Experimentais de Educação e de Formação (CEEF) que tinha adoptado o CrG como língua de ensino em 1986. A Tese está dividida em seis Capítulos: o primeiro trata do contexto geopolítico da Guiné-Bissau e da origem do CrG: a presença de comerciantes portugueses, os “Lançados”, que viviam em entrepostos comerciais, formando grupos familiares com mulheres indígenas, deu origem a uma nova língua, o Pidgin, no início, que se tornou Crioulo quando os habitantes das “Praças” começaram a comunicar numa língua comum. O segundo Capítulo apresenta as características do CrG: 80% do seu léxico é um empréstimo do Português e muitas estruturas da Gramática são um “decalque” das línguas do território. O terceiro Capítulo apresenta algumas causas da crise do ensino da Guiné-Bissau e os objectivos do PAEBB que adoptou o CrG como língua de ensino a par do Português. É apresentada a reacção positiva da Sociedade Civil face à crise das escolas formais, continuando a abrir escolas privadas e Comunitárias e a responsabilizar-se pela gestão das escolas públicas por meio do “Regime de Autogestão”. Os últimos dois Capítulos apresentam os trabalhos literários exigidos pelas escolas de PAEBB: composição do Corpus, como base para a compilação do Dicionário Bilingue, da Gramática do CrG e dos Manuais. Em consequência dos bons resultados do PAEBB, o Ministério da Educação e do Ensino Superior (MEES) assinou, em 2008, um “Protocolo de Acordo para o Apoio ao Projecto de Ensino Bilingue” com a FASPEBI (Fundação para o Apoio ao Desenvolvimento dos Povos do Arquipélago de Bijagós). No final da Tese é feito um apelo ao Governo para que apresente uma grafia oficial do CrG, condição sine qua non para implementar a convivência e fortalecer a interacção existente entre o CrG e o Português. |
Identificador |
http://hdl.handle.net/10362/10960 101219431 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #Crioulo Guineense #Ensino bilingue Português-Guineense #Autogestão #Corpora #Protocolo de Acordo #Dicionário bilingue #Gramática do CrG #FASPEBI |
Tipo |
doctoralThesis |