Arte, Suspensão e Retorno. Para uma Crítica do Conceito na Experiência Artística


Autoria(s): Marquilhas, Maria Beatriz Prego
Data(s)

17/10/2013

17/10/2013

01/03/2013

Resumo

Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ciências da Comunicação – Área de Especialização em Comunicação e Artes

Uma primeira incursão nas grandes narrativas da história da arte, do fim da arte da estética hegeliana, passando pelo modernismo, cujo acentuado carácter histórico e ideológico permite classifica-lo de «arte do tempo dos manifestos», até às actuais teorias do fim da história de arte, desenvolvidas por autores como Arthur Danto, pretende esboçar as dinâmicas que marcam disciplinas como a história e a teoria de arte. Uma crítica ao discurso artístico tal como se tem vindo a desenvolver evidencia o efeito paralisador que a aplicação de conceitos exerce sobre as dinâmicas artísticas. Os conceitos acumulam-se e estabelecem uma distância intransponível entre sujeito e objecto, bloqueando a subjectividade da experiência artística. Os discursos e conceitos são remetidos para um arquivo colectivo, baseado em lógicas de transmissão e acumulação, assegurando o perpetuar de um regime do simbólico, que, por isso mesmo, se torna estático e obsoleto. O discurso é, não obstante, intrínseco à arte e, sem este, a experiência artística fica incompleta. Com o intuito de desenvolver hipóteses que sustentem a validade de um discurso que não subverta o objecto artístico, quatro questões são apresentadas: o esquecimento, o retorno do tectónico, a ambiguidade e o silêncio. Analisado o discurso artístico e as suas possibilidades de compatibilidade com a natureza do objecto artístico, é introduzida a experiência aurática como experiência artística que instaura um estado de excepção relativamente à estrutura de normalidade das relações entre sujeito e objecto. A aura engendra um fugaz instante de continuidade entre sujeito e objecto, conciliando mundo interior e mundo exterior e criando condições para que a arte cumpra a sua função primordial – a constante transformação do real pelo sujeito.

Identificador

http://hdl.handle.net/10362/10591

Idioma(s)

por

Publicador

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Arte #História #Memória #Experiência
Tipo

masterThesis