Relação entre a estrutura territorial, opções de mobilidade e o desempenho energético de um município: caso de estudo Barreiro


Autoria(s): Ferro, Filipa Tavares Moura
Contribuinte(s)

Melo, João

Data(s)

05/07/2013

05/07/2013

2013

Resumo

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia do Ambiente - Perfil de Gestão e Sistemas Ambientais

Num contexto de contínuo desenvolvimento urbano e crise económica a forma como os recursos do planeta estão a ser consumidos constitui uma preocupação incontornável. O aumento populacional previsto nas áreas urbanas nas próximas quatro décadas constitui uma agravante a desafios actuais como o crescente consumo de energia, a dependência de combustíveis fósseis e a escassez dos recursos energéticos. Urgem soluções de conservação de energia e eficiência energética a esta escala que permitam equilibrar as consequências que daqui advêm. Neste sentido, a compreensão das relações entre a estrutura territorial e os consumos energéticos assume um papel fundamental na acomodação de princípios de sustentabilidade no desenvolvimento futuro dos meios urbanos. A investigação desta temática tem vindo a ganhar expressão na última década. Esta dissertação teve como objectivo investigar acerca das implicações da estrutura territorial nos consumos energéticos à escala urbana. Para tal investigou-se um conjunto de opções de ordenamento do território e a forma como influenciam os consumos energéticos nas cidades. Verificou-se que o sistema urbano é composto por uma multiplicidade de tais interacções, cujos principais actores se referem às opções de mobilidade, ocupação e uso do solo e planeamento urbano. Constatou-se que uma expansão urbana rápida e dispersa, que não se faz acompanhar com o desenvolvimento adequado de serviços de transporte público, influencia as opções de mobilidade e, consequentemente, os consumos energéticos associados às deslocações. Esta conclusão decorreu da comparação das oito freguesias do concelho do Barreiro cuja variedade de padrões de urbanização permitiu uma análise comparativa das suas características. Distinguiram-se dois grupos principais: as freguesias urbanas e as freguesias periurbanas. Verificou-se que três das cinco freguesias onde o aumento de tecido urbano descontínuo foi mais acentuado nas últimas duas décadas são periurbanas. Foi nestas que a dependência do automóvel privado nas deslocações pendulares mais aumentou na última década. Ao mesmo tempo, foi nas freguesias periurbanas que ocorreu a maior diminuição de utilização do autocarro. Tal implica maiores consumos energéticos, o que foi verificado pela análise do consumo de energia per capita nas deslocações pendulares de 2011 em cada freguesia. Na análise da acessibilidade potencial através dos modos suaves a um conjunto de serviços básicos e equipamentos verificou-se que é também ao nível das freguesias periurbanas que os respectivos indíces são inferiores.

Identificador

http://hdl.handle.net/10362/10037

Idioma(s)

por

Publicador

Faculdade de Ciências e Tecnologia

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Consumo energético #Planeamento urbano #Uso do solo #Deslocações pendulares #Distribuição modal #Acessibilidade
Tipo

masterThesis