História da arte e Guerra Fria
Data(s) |
03/06/2013
01/11/2012
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Resumo |
Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em História da Arte Contemporânea De que modo é que as formas de fazer História da Arte, que se tornaram hegemónicas nos E.U.A. e na Rússia durante a Guerra Fria, foram influenciadas pelo seu contexto histórico? De que modo é que essa conjuntura potenciou a afirmação de uma determinada forma de fazer História da Arte em cada bloco em detrimento de outras alternativas ou concorrentes? Qual a relação entre os modelos da historiografia da arte que se tornaram dominantes em cada potência durante o referido período? Recorrendo ao conceito de “paradigma”, avançado por Thomas Kuhn, a uma análise dos discursos críticos, teóricos e historiográficos e à contextualização histórica dos mesmos, esta investigação pretende seguir o desenvolvimento dos paradigmas da historiografia artística norte-americana e russa que se tornaram dominantes na Guerra Fria. Numa primeira parte, é analisado o período de emergência de uma História da Arte modernista norte-americana e de uma História da Arte do Realismo Socialista soviética, recuando-se para isso até à década de 1930; uma segunda parte é dedicada à fase de apuramento e afirmação que as mesmas conheceram durante as décadas de 1940 e 1950; e, finalmente, numa terceira parte, debruçamo-nos sobre os primeiros indícios de questionamento sistemático dos dois paradigmas que emergem a partir da década de 60, quer através dos desafios que lhe são lançados pela produção artística, quer através das revisões historiográficas internas que, a partir de então, se vêem sujeitos. O que este percurso revela é a conveniência histórica e política dos paradigmas historiográficos que se tornaram hegemónicos na disputa cultural entre os dois blocos na Guerra Fria; o seu agenciamento (oficial ou oficioso) como parte integrante de um emblema identitário nacional pelas estratégias da diplomacia cultural; e uma relação entre ambos de complementaridade, na medida em que a simetria do seu antagonismo traduz a imprescindibilidade do “outro” numa construção cultural identitária — a qual, no seu conjunto, corporiza a bifurcação de uma utopia cultural da Modernidade. |
Identificador |
http://hdl.handle.net/10362/9762 101293020 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Relação |
Apoio financeiro da FCT e do FSE no âmbito do III Quadro Comunitário de Apoio |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #Historiografia da arte #Guerra Fria #Modernismo #Realismo socialista |
Tipo |
doctoralThesis |