Dermatose Febril. Um Diagnóstico a Não Esquecer


Autoria(s): Mendes-Bastos, P; Coelho Macias, V; Fernandes, C; Cardoso, J
Data(s)

29/10/2015

29/10/2015

2015

Resumo

Apresenta-se o caso de um doente de 46 anos, com coinfecção VIH-1/VHC e cirrose hepática, internado por febre, prostração e astenia. Ao exame objetivo, observavam-se escassas pústulas necróticas em base eritematosa acantonadas aos dedos das mãos e pés com edema, dor e limitação funcional dos mesmos e da articulação tíbio-társica esquerda. Analiticamente, apenas elevação ligeira da enzimologia hepática e da PCR. Admitiram-se as hipóteses diagnósticas de endocardite, meningococcémia ou gonococcémia. Após isolamento de Neisseria gonorrhoeae em hemocultura, iniciou-se ceftriaxone 1g/dia EV com melhoria clínica. A positividade da PCR para N.gonorrhoeae no exsudado orofaríngeo confirmou o diagnóstico de gonococcémia disseminada de ponto de partida orofaríngeo. A gonorreia é uma infeção sexualmente transmitida causada pelo diplococo Gram negativo Neisseria gonorrhoeae. A gonococcémia disseminada na forma da síndrome clássica “dermatite-artrite” acompanha apenas 1-2% das infeções mucosas. A gonorreia orofaríngea é geralmente assintomática em homens e mulheres, constituindo provavelmente um reservatório importante do agente. O aumento da incidência de gonorreia torna este caso pertinente na prática clínica actual do dermatologista.

Identificador

Revista SPDV 2015; 73 (1): 141-145

http://hdl.handle.net/10400.17/2324

Idioma(s)

por

Publicador

Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #HCC DER #Gonorreia #Doenças da Pele #Doenças Bacterianas de Transmissão Sexual #Febre
Tipo

article