Comportamento Interpessoal do Professor: um reflexo da sua auto-eficácia?
Data(s) |
02/05/2013
02/05/2013
01/09/2012
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Resumo |
Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ciências da Educação Constitui objectivo deste estudo perceber se o comportamento interpessoal entre professores e alunos varia com o nível de auto-eficácia docente. A nível metodológico, o estudo iniciou-se com a aplicação de um questionário para avaliar o optimismo do professor nas dimensões auto-eficácia, confiança nos alunos e nos pais e ênfase académica a uma amostra de quarenta e nove professores, na Escola Secundária Quinta do Marquês, em Oeiras. Para avaliar a dimensão auto-eficácia foi utilizado o Questionário de Auto-Eficácia do Professor (Teacher Self- Efficacy Scale – TSES) na versão reduzida de 12 itens da escala OSTES (Ohio State Teacher Efficacy Scale) de M. Tchannen-Moran e Anita Woolfolk Hoy (2001), adaptada e traduzida para português (Conceição, 2008). Estes 12 itens do TSES englobam a eficácia para as estratégias de instrução (4 itens), a eficácia para a gestão das aulas (4 itens) e eficácia para o envolvimento dos alunos (4 itens). Numa segunda fase, de modo a alcançar o objectivo deste estudo, foram recolhidos dados através do Questionário de Interacção do Professor (QIP) de Wubbels & Levy (1992), tradução do QTI (Questionnaire on Teacher Interaction) constituído por 48 itens, o qual foi aplicado em dez turmas, num total de 230 alunos, de 5 professores, seleccionados entre os 49 participantes. Pretendia-se, inicialmente, que o critério de selecção da amostra fosse apurar dois grupos de professores com valores extremos de auto-eficácia: o grupo I -“professores com elevado sentimento de auto – eficácia” e o grupo II- “professores com baixo sentimento de auto – eficácia” na sua actividade profissional. Tal objectivo não foi possível dada a recusa de muitos professores tendo sido os cinco casos seleccionados, não por apresentarem resultados extremos na avaliação da sua auto-eficácia mas porque se voluntariaram para o estudo. Para cada um destes cinco professores, analisou-se o seu optimismo profissional nas dimensões auto-eficácia, confiança nos alunos e nos pais e ênfase académica e, posteriormente, elaborou-se o seu perfil de comportamento interpessoal partindo da análise da opinião de alunos de duas turmas por professor. Por forma a validar os resultados, deram-se a conhecer aos professores implicados as conclusões do respectivo perfil, ficando estes a conhecer o modo como os seus alunos “os vêem”, levando-os a reflectir sobre o seu perfil, a avaliar a maneira se aproximam ou se afastam daquilo que pensam “ser” e do que “realmente são”. Os resultados obtidos revelam que o QIP é válido pelas inter-relações que permite fazer e pela forma como os professores se revêem nos seus resultados. Os resultados mostram que as três dimensões do optimismo não se encontram directamente correlacionadas e todas as suas combinações são possíveis. O estudo revela ainda que professores moderadamente optimistas apresentam perfis de comportamento caracterizado por grande proximidade e influência, sendo cooperantes. Consistentes com a literatura, os resultados obtidos permitem concluir que a variável de ordem emocional e cognitiva – a crença da auto-eficácia – influencia a actividade dos professores, mas não é determinante no estilo de comportamento interpessoal destes com os alunos. |
Identificador | |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #Professor #Optimismo #Auto-eficácia #Comportamento interpessoal |
Tipo |
masterThesis |