Contracepção em Doenças Auto-Imunes
Data(s) |
07/08/2014
07/08/2014
2000
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Resumo |
Apesar do conhecimento do envolvimento dos estrogénios na fisiopatologia das doenças auto-imunes, continuamos a utilizar os contraceptivos orais (CO) estroprogestativos nestas doenças como se ainda tivessem as formulações iniciais de alta dosagem. Do conhecimento do mecanismo de intervenção dos estrogénios no sistema imunitário destacam-se a detecção de receptores estrogénicos nas células imunitárias, influência estrogénica na produção de citocinas e expressão de proto-oncogenes envolvidos na apoptose. Na artrite reumatóide, os CO poderão ter um papel protector no desenvolvimento da doença, apesar desta ter uma incidência maior no sexo feminino. No Lupus Eritematoso Sistémico (LES) estudou-se o papel dos CO com estrogénios na exacerbação da doença e no agravamento do risco trombótico existente. Assim, os CO estroprogestativos de baixa dosagem estão permitidos nas mulheres com LES em remissão ou com actividade moderada, sem anticorpos anti-fosfolípidos, sem antecedentes pessoais de tromboembolismo, sem atingimento renal grave, não fumadoras e normotensas. Existem outras alternativas contraceptivas aconselhadas para os restantes casos, nomeadamente a contracepção injectável, progestativos orais ou em implantes, dispositivo intra-uterino, laqueação tubária e vasectomia. |
Identificador |
Arq Med 2000; 14 (2): 112-115 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
ArquiMed |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #MAC GIN #Doenças Auto-Imunes #Artrite Reumatóide #Lúpus Eritematoso Sistémico #Anticorpos Antifosfolípidos #Contraceptivos Orais #Estrogénios #Progesterona |
Tipo |
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