Produção de DNases extracelulares em estirpes de Streptococcus agalactiae de origem humana e bovina


Autoria(s): Damião, Vera Alexandra Quintino
Contribuinte(s)

Sanches, Ilda

Borrego, Maria José

Data(s)

04/01/2013

04/01/2013

2012

Resumo

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Genética Molecular e Biomedicina

Streptococcus agalactiae constitui uma das principais causas de pneumonia, septicémia e meningite em recém-nascidos e infecção emergente em adultos com patologia associada. A secreção de DNases é considerada vantajosa na disseminação bacteriana e na evasão à imunidade inata do hospedeiro, no entanto, apesar do elevado número de estirpes de S. agalactiae produtoras de DNases, não é evidente o seu envolvimento na patogénese desta bactéria. O presente estudo teve como principal objectivo correlacionar a actividade das DNases com outras variáveis em estudo, tais como, genótipo da estirpe, a sua origem clínica (colonização ou infecção) e o hospedeiro (humano ou bovino), por forma a contribuir para o esclarecimento desta temática. Uma colecção de 345 estirpes de S. agalactiae foi caracterizada por serotipagem, MLST (“Multilocus Sequence Typing”) para identificação de sequências tipo (ST), perfis MLVA (“Multiple-Locus Variant-Repeat Assay”), padrão de resistência a antimicrobianos, elementos móveis e proteínas de superfície, padrão de restrição por PFGE (“Pulsed-Field Gel Electrophoresis”) e a actividade das DNases. As estirpes de origem bovina (n=60; 100%) e a maioria (n=285; 86%) das estirpes de origem humana foram produtoras de DNases. As estirpes não produtoras apresentaram a mesma linhagem genética: CC19 (tipos II, III-1 e V). Foram identificados dois perfis MLVA nas estirpes CC19 (perfil 32 em estirpes ST28 e perfil 33 nas restantes). Verificou-se que 31% das estirpes CC19 de colonização revelaram resistência à eritromicina e 16.4% apresentaram resistência à eritromicina e clindamicina. Nas estirpes ST28 foi identificado o elemento móvel GBSi1 e nas restantes estirpes CC19 foi detectado o elemento móvel IS1548. Em todas as estirpes, excepto uma foi detectado o gene rib. Foram identificados cinco padrões de PFGE, concluindo-se que a maioria das estirpes era clonal. O presente estudo permitiu evidenciar que o facto de uma estirpe pertencer ao CC19 aumenta a probabilidade de não produzir DNases.

Identificador

http://hdl.handle.net/10362/8434

Idioma(s)

por

Publicador

Faculdade de Ciências e Tecnologia

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Streptococcus agalactiae #DNases extracelulares #Genótipo #Origem clínica #Hospedeiro
Tipo

masterThesis