Conservação de frutas: redução de doenças de pós-colheita em pera ‘Rocha’
Contribuinte(s) |
Lara, Claudia Lidon, Fernando |
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Data(s) |
29/11/2012
29/11/2012
2012
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Resumo |
Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Tecnologia e Segurança Alimentar na área de especialização Qualidade Alimentar A utilização de agentes de biocontrolo constitui uma vantagem na redução de doenças de pós-colheita em frutos e legumes, evitando ou reduzindo o uso dos tradicionais fungicidas. Assim, no presente trabalho, foi estudada a aplicação de um microrganismo antagonista, Aureobasidium pullulans, juntamente com um composto natural com propriedades antifúngicas, o quitosano, para prolongar o tempo de conservação da pera ‘Rocha’ e reduzir a incidência da podridão azul causada por Penicillium expansum. Recorreu-se a ensaios in vitro para estudar o efeito inibitório da solução ácida de quitosano sobre o patogéneo, bem como possíveis efeitos sobre o antagonista A. pullulans. Foram testadas duas concentrações de ácido acético para a preparação das soluções de quitosano, uma a 5% e outra a 1%. Para a primeira concentração utilizaram-se doses crescentes de quitosano, 0 - 5g.L-1.Verificou-se que, mesmo a baixas concentrações, a solução de quitosano teve um efeito inibitório significativo no antagonista, uma vez que a colónia de A. pullulans foi inibida em todas as concentrações com exceção da concentração de 0,5 g.L-1. O P. expansum foi inibido a 100% quando a concentração de quitosano foi maior ou igual a 1,2 g.L-1. Neste enquadramento, foram testadas oito concentrações de quitosano (de 0 a 2,5 g.L-1) em solução de ácido acético a 1%. Os resultados obtidos indicam que 1,2 g.L-1 é a concentração mais adequada para o controlo do crescimento do fungo patogénico, quando combinado o efeito antagónico de A. pullulans e o antifúngico do quitosano. Realizaram-se ainda ensaios in vivo, para estudar o efeito do antagonista A. pullulans e de diferentes concentrações de quitosano (0,5; 1,2 e 2,5 g.L-1) em solução ácida a 1%, no controlo da podridão azul em pera ‘Rocha’. Verificou-se que a inoculação com o antagonista levou a um aumento da percentagem de inibição do patogéneo. Quando inoculado o patogéneo e a solução de quitosano na mesma ferida, constatou-se que não houve qualquer controlo da podridão azul, em comparação aos frutos inoculados somente com P. expansum. Efectuou-se ainda a observação citológica da polpa da pera na zona da ferida, para identificar os possíveis mecanismos de ação do antagonista no controlo da doença. Os resultados indicam que a presença do antagonista poderá induzir mecanismos no hospedeiro, produzindo a formação de compostos que possam reforçar as paredes celulares, dificultando assim a invasão dos tecidos por parte do patogéneo. |
Identificador | |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Faculdade de Ciências e Tecnologia |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #Conservação #Doenças pós-colheita #Penicillium expansum #Biocontrolo #Aureobasidium pullulans #Quitosano |
Tipo |
masterThesis |