Da festa indo-europeia à festa transmontana: o uso da máscara na comemoração do solstício de inverno


Autoria(s): Maciel, Manuel Justino
Data(s)

07/11/2012

07/11/2012

2005

Resumo

Sobrevivem ainda em Trás-os-Montes determinados comportamentos festivos coincidentes com os finais do ano. Uma observação atenta revela- -nos que, entre as diferentes leituras possíveis sobre esses comportamentos, ressaha a da conotação remota com as festas de Invemo dos antigos povos de origem indo-europeia, onde claramente, apesar de todo um sistema evolutivo de transformações, se enconfra a sua origem. As características que actualmente ainda se manifestam nas mascaradas transmontanas permitem- -nos recuar até ao tempo desses povos, num processo paralelo aquele que seguimos para o estudo da língua, dos costumes, da religião, da arquitectura e da arte em geral. Não se pretende, pois, estudar aqui propriamente a festa transmontana, mas tão só destacar, através da referência aos comportamentos que da remota Antigüidade lhe deram origem, a sua ancestralidade e o processo de cristianização que, singularmente, permitiu a sua sobrevivência. A comemoração de um novo ano com rituais próprios remonta à pré- -história. Na civilização dita ocidental, é-nos já descrita na Grécia no contexto dos rituais dionisíacos. Dioniso era o deus da vitalidade, em honra do qual as Bacantes, no Invemo, subiam dançando às montanhas, devorando animais selvagens.

Identificador

0871-2778

http://hdl.handle.net/10362/8098

Idioma(s)

por

Publicador

Colibri

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Trás-os Montes #Festas #Máscaras
Tipo

article