A perspectiva portuguesa do fórum para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa
Data(s) |
12/10/2012
12/10/2012
2012
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Resumo |
Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ciência Política e Relações Internacionais Desde o início do milénio, que a esfera de influência da China se tem expandido nos planos político e económico, outorgando-lhe um novo posicionamento no quadro geopolítico e económico mundial. Esta expansão tem vindo a ser executada com base numa estratégia de afirmação externa, através de diversos meios e com o recurso a instrumentos de soft power. Um dos instrumentos de soft power para a execução da política externa chinesa é a utilização da cooperação económica como meio de aproximação a outros Estados. Seguindo estas linhas de actuação, as autoridades de Pequim, com o apoio do Governo de Macau, decidem criar em 2003, o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, com o objectivo de promover e aprofundar as relações económicas e comerciais com os países envolvidos. Nos últimos anos, o Fórum de Macau tem vindo a assumir um papel mais destacado no que concerne ao relacionamento entre a RPC e os demais países de expressão portuguesa. Esta pesquisa procura analisar a posição portuguesa face ao Fórum de Macau – designadamente a perspectiva das empresas. Por forma a realizar esta investigação foi, por um lado, realizada uma pesquisa com base num questionário enviado a 200 empresas portuguesas que operam no mercado chinês. Por outro lado, foram realizadas 19 entrevistas a várias personalidades – empresários, jornalistas, professores e agentes institucionais – conhecedoras da realidade chinesa e da sua interacção com o nosso país. Este estudo pretende averiguar, quais os resultados económicos que Portugal pode obter com a sua participação no Fórum, sobretudo numa altura em que o Governo português procura fomentar as exportações portuguesas e a captação de investimento em mercados alternativos ao espaço europeu. Portugal tem a particularidade de partilhar a língua portuguesa com todos os países participantes no Fórum, sendo esta uma mais-valia que contribuirá para facilitar a promoção de uma rede de contactos e relacionamentos com a China e os PLP´s. O entrecruzamento de interesses empresariais, fruto de uma herança histórica que se traduz nas afinidades linguísticas, culturais e jurídicas e de um renovado relacionamento com os PLP’s, fazem de Portugal um elo natural entre a China e os restantes países lusófonos. O estudo conclui, por um lado, que as empresas portuguesas têm uma percepção positiva acerca da utilidade do Fórum de Macau para Portugal, nomeadamente enquanto “canal privilegiado de acesso a um mercado complexo onde os contactos institucionais são fundamentais”. Por outro, as empresas portuguesas consideram que a participação no Fórum de Macau pode contribuir para o aumento das suas exportações para a China e PLP´s, mas sobretudo para Macau. O estudo permitiu também concluir que existem diversas oportunidades que não estão a ser aproveitadas, quer pela própria organização junto dos empresários, quer da parte dos actores institucionais nacionais face àqueles. |
Identificador | |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #Região Administrativa Especial de Macau #China #Diplomacia Económica #Cooperação Económica e Comercial #Países de Língua Portuguesa #Portugal |
Tipo |
masterThesis |