Formalização lógica da narrativa e força referencial
Data(s) |
05/09/2012
05/09/2012
2000
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Resumo |
A pretensa formalização lógico-gramatical da narrativa (Propp 1928; Todorov 1969; Genette 1972; Bremond 1973; Chatman 1978; Prince 1973 e 1980), que não deixa de estar infectada de psicologismo - terá cometido Antígona, ao enterrar o seu irmão Polineices, em obediência à "lei não escrita" que negava a autoridade positiva do rei Creonte, uma transgressão ou uma restituição! -, passou por alto a sua estmtura referencial. Bremond, que lida com grupos abertos como se estivesse a lidar com grupos fechados, fundamenta a sua tipologia narrativa nos diferentes meios de realização de processos de mediação ou transformação, tratando de formalizar "le réseau complet des options logiquement offertes à un narrateur, pour continuer Thistoire commencée" (1973: 8), conquanto tal formalização, ao depender de um grupo aberto de variáveis livres, não possa ser devidamente estmturada. Acresce que os processos de melhoramento ou de empioramento apontados por Bremond não nos parecem corresponder a paradigmas estritamente lógicos, e consequentemente abstractos, das situações narrativas. Trata-se de paradigmas psicológicos e culturais convencionalmente determinados e, por conseguinte, sumidos na relatividade. E difícil encerrar as opções pragmáticas nos conjuntos fechados exigidos por qualquer tipo de formalização lógica. |
Identificador |
0871-2778 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Colibri |
Direitos |
openAccess |
Tipo |
article |