A noção de experiência em Aristóteles - Uma aprendizagem silenciosa do universal
Data(s) |
18/07/2012
18/07/2012
01/03/2012
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Resumo |
Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Filosofia A compreensão do processo de aprendizagem que constitui a experiência é fundamental para esclarecer esta noção em Aristóteles, que lhe concede o poder do conhecimento de particulares. Sugerimos que esse processo é de indução e está intimamente ligado ao logos que atua na experiência como princípio natural que ordena e unifica as memórias das percepções sensoriais. A sua ação é contudo pré-conceitual e pré-proposicional. Razão pela qual o processo de aprendizagem é tácito, não-consciente, e induz o conhecimento dos particulares. Isto explica porque é que Aristóteles afirma que os animais não-humanos são igualmente capazes da experiência e esta não é passível de ser ensinável da mesma maneira que a arte e ciência. Mas esta mesma razão justifica a presença dos universais no conhecimento obtido na experiência. Não é possível na experiência identificar os predicados de vários sujeitos, não porque eles não estejam presentes, como essência ou acidente, nos particulares e nas percepções deles, mas porque é subsidiário o seu conhecimento relativamente ao conhecimento dos universais na arte e ciência. Apenas estes últimos, que têm uma natureza teórica, são capazes de conhecer as causas que permitem formar os universais através de proposições. A sua presença na experiência é, por esse motivo, um conhecimento tácito. |
Identificador | |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #Experiência #Percepção #Logos #Conhecimento tácito #Universal |
Tipo |
masterThesis |