Dois pontos de partida para a aprendizagem de português como língua segunda: um estudo de caso
Data(s) |
14/06/2012
01/03/2011
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Resumo |
Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ensino do Português como Língua Segunda ou Estrangeira Há muito que o fenómeno da imigração faz parte da realidade portuguesa. Portugal, como país de acolhimento, assiste cada vez mais a uma diversidade cultural e linguística, verificada também nas escolas portuguesas. A homogeneidade da escola de outrora foi sofrendo mutações nestas últimas décadas, sendo que, actualmente, deparamo-nos com um cenário cada vez mais heterogéneo. As crianças e jovens recém-chegados a Portugal vêem-se confrontados com uma língua que desconhecem total ou parcialmente. Sendo a escola um espaço privilegiado para o desenvolvimento de integração social e cultural, o domínio da língua portuguesa é um factor fundamental na inclusão desses alunos. Os professores, em qualquer altura do ano lectivo podem ter alunos provenientes de diversos países e o desconhecimento do português torna-se uma barreira. Quando confrontados com alunos estrangeiros, os professores têm alguma dificuldade em saber como actuar. Dada a natureza desta dissertação optou-se por fazer um estudo de caso, onde se procurou obter informações pertinentes sobre o agrupamento de escolas, o meio, os professores e dois alunos provenientes de diferentes países - Guiné Conacry e Cabo Verde - para posterior caracterização. Foram elaborados inquéritos que ajudaram a caracterizar os alunos e os professores. Criou-se uma sequência didáctica e foi feita a respectiva análise de dados. O professor de Português Língua Não Materna tem um papel fulcral na integração dos alunos estrangeiros e é necessário o docente ter um determinado perfil. É certo que ensinar uma língua não é exclusivamente uma actividade teórica, é indispensável uma certa intuição, capacidade de adaptação e uma sensibilidade para actuar em grupos cada vez mais heterogéneos. Contudo a predisposição do aluno para aprender uma nova língua não depende do docente, mas sim do próprio aluno. Apesar de haver legislação referente ao ensino do Português língua não materna desde 2006, os docentes nem sempre têm conhecimento dela. A chegada de alunos estrangeiros a Portugal é uma realidade irreversível, convém o professor estar receptivo e disponível a estas novas aprendizagens. É necessário que os professores estudem, valorizem e compreendam as implicações subjacentes ao ensino do Português. Devem proporcionar meios concretos de inclusão e desenvolver aprendizagens efectivas nos alunos cuja língua materna não é o Português. A formação na área do Português língua não materna deve fazer parte da vida profissional dos docentes de Língua Portuguesa. |
Identificador | |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Direitos |
restrictedAccess |
Palavras-Chave | #Diversidade cultural e linguística #Português língua não materna #Perfil do professor |
Tipo |
masterThesis |