Cultos orientais no Ocidente Peninsular – perspectiva artística
Data(s) |
24/05/2012
24/05/2012
01/12/2011
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Resumo |
Tese de Mestrado apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em História da Arte – Área de especialização em História da Arte da Antiguidade O presente estudo atendeu à produção plástica em objectos de culto e do quotidiano, que fossem igualmente reveladores da mentalidade e das práticas religiosas do Homem ibérico. Os objectos em análise, pecam frequentemente pela falta de informação sobre o local e o próprio contexto do seu achado, além disso são poucas as peças que não apresentem um estado de degradação significativo. São sobrevivências das atitudes religiosas, isto é, através da ligação entre os homens e os seres superiores em que acreditavam. Já existem amplos estudos sobre a religiosidade romana e indígena (autóctone), pelo que sentimos a necessidade de colmatar o estudo da religiosidade no Ocidente Peninsular, com uma análise sobre a presença ou inexistência de práticas de culto associadas às divindades orientais. Quais as divindades cultuadas? Qual foi a sua difusão? e que alcance tiveram ao nível dos estratos sociais? A nossa atenção incide especialmente sobre os cultos sincréticos fortemente relacionados com o ciclo da vida, razão pela qual fizemos recuar o nosso estudo temporal, para acrescentar a presença de Astarté/Tanit na Península Ibérica. Um período orientalizante que a generalidade dos investigadores faz coincidir com o reino dos Tartessos, embora a regressão se tenha generalizado a uma cultura presente no Ocidente com claros modelos artísticos do Mediterrâneo Oriental. O nosso estudo recaiu sobre a ocupação romana, mas igualmente na Idade do Bronze (Final) como correspondente à sociedade dos Tartessos, cujas elites assumiram uma cultura oriental, introduzida através das suas relações com os Fenícios. As influências orientais, artísticas e cultuais foram assimiladas pelos grupos dominantes. Uma nova estética e religiosidade, de influência oriental, ainda que não seja amplamente difundida pela população, porventura por não ter posses para tal ou porque a associa, por sincretismo, às divindades indígenas. Não aspiramos adiantar explicações de mentalidade; o nosso estudo recai sobre os achados, sobrevivências da cultura material. A ampla informação que nos serviu de base de análise resulta de uma ampla produção, dispersa em colóquios e conferências de arqueologia, sobretudo em Espanha, muitos dos quais não lograram continuidade e foram esquecidos assim como as peças que documentavam. Aliás, alguns objectos desapareceram e a maioria do acervo estudado encontra-se em arquivos, quase esquecidos como muitos dos artigos resgatados e recuperados para este estudo. Razão pela qual muitas imagens são ainda a preto e branco, decorrente de publicações dos anos 60 a 80, que não tiveram continuidade, relegando as peças ao esquecimento. Os resultados são surpreendentes. Apesar de dispersos e em número insuficiente para os podermos catalogar em modelos e estilos, verificou-se que a presença dos cultos orientais, existe em quase toda a Península, ainda que no período romano esteja fortemente concentrada nas sedes dos conuentus. |
Identificador | |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #Península Ibérica #Deuses Orientais #Império Romano #Iconografia #Idade do Bronze (Final) |
Tipo |
masterThesis |