A ideia nacional no período modernista português
Data(s) |
31/01/2012
31/01/2012
1996
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Resumo |
pp. 323-333 O tema da Nação, em Portugal, está viciado por um século de leituras a preto e branco, em que nação funcionou como o pólo catártico de exaltações altemadamente positivas e negativas, conotadas ora com a direita ora com a esquerda. Foi em 1890, com a crise provocada pelo ultimato inglês a Portugal acerca da definição do mapa cor-de-rosa, que atribuía a Portugal territórios reivindicados pelo império inglês, que a nação surge, personificada na Pátria, como a bandeira dos republicanos, tomando-se o motor de um movimento revolucionário que terminará com o regicídio de 1908 e o dermbe da monarquia em 1910. Dois homens contribuem para formar essa imagem dupla, a nação-pátria, o conceito abstracto e a entidade física: Oliveira Martins e Guerra Junqueiro. Martins opõe a nação e o interesse nacional à dinastia dos Braganças, reinante desde a Restauração da independência, em 1640; Junqueiro, nos seus poemas «Finis Patriae» e «Pátria» dá forma épica a essa visão do historiador, deformada pelas lentes do positivismo, ao apresentar a Pátria como uma figura agonizante que só a «Mocidade das escolas» poderá redimir, lutando contra a inércia do povo e a indiferença do Rei. |
Identificador |
0871-2278 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Colibri |
Relação |
N.9; |
Direitos |
openAccess |
Tipo |
article |