Os modos do amor ausente


Autoria(s): Gil, Fernando
Data(s)

24/01/2012

24/01/2012

1996

Resumo

pp. 233-260

Que o livro há-de ser do que vai escrito nele. O leitor de hoje não deixará de ser sensível ao tom "absolutamente modemo" do princípio de leitura a que Bemardim nos convida, tanto mais que o justifica pelo quase reconhecimento de uma espontaneidade da escrita. Ela corresponde ao agenciamento das coisas do amor: Das tristezas não se pode contar nada ordenadamente, porque desordenadamente acontecem elas. Vamos seguir à letra a escrita de Bemardim, obrigando-nos a ler apenas o que no livro vai escrito. Muito ficará por explicar; veremos contudo também que tudo não tem de ser explicado. Pertence à estmtura da Menina e Moça guardar uma margem de segredo, que é uma margem do amor. O modo de ler o livro é tomá-lo pelo que é: um colar de histórias de amor. Se não nos enganamos sobre o que vai escrito no livro, ele não precisa de ser lido para além do que directamente conta, pois o seu contar é evidente, ou seja um dizer que não remete senão para si próprio, sem requerer justificações (aqui, "grelhas" de leitura) que lhe sejam exteriores.

Identificador

0871-2778

http://hdl.handle.net/10362/6884

Idioma(s)

por

Publicador

Colibri

Relação

N.9;

Direitos

openAccess

Tipo

article