Para uma fenomenologia da explicação
Data(s) |
17/01/2012
17/01/2012
1995
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Resumo |
pp. 239-258 W. Dilthey resolveu a questão da relação entre explicação e compreeensão em termos dicotômicos; a compreensão seria específica das ciências humanas; a explicação pertenceria às ciências da natureza. Esta aporia da explicação-compreensão, cential para a hermenêutica, estava implícita no projecto de Schleiermacher da constiução de uma Hermenêutica Geral que distinguiria os factores internos (subjectivos) dos factores externos (objectivos) de um autor e da sua obra, associando a estes dois planos dois métodos: o método psicológico e o método gramatical. Para Dilthey, a explicação pertenceria ao domínio dos objectos não humanos; a compreensão implicaria a subjectividade irredutível do mundo humano (a experiência interna vivida "Erlebnis" dos homens); a compreensão, no entender de Dilthey, referir-se-ia à vida psíquica (vida como conjunto de relações intersubjectivas, perpassadas por uma conexão dinâmica). Com a preocupação implícita de mostrar que a explicação e a compreeensão não são estratégias dicotômicas, mas, como refere P. Ricoeur, processos dialecticamente complementares, interdependentes, na relação operativa do homem com o mundo, isto é, no interior do inquebrantável círculo hermenêutico, estabelecido entre o homem e o mundo, aborda-se, neste trabalho, o processo de explicação, central no projecto metodológico científico, dirigido à constiução da teoria científica, apresentando-o numa perspectiva analítico-descritiva, na busca, na medida do possível, de uma evidência fenomenolôgica. |
Identificador |
0871-2778 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Relação |
Vol.2;N.8 |
Direitos |
openAccess |
Tipo |
article |