Onomástica galega em duas cidades do sul de Portugal: Santarém e Évora
Data(s) |
12/01/2012
12/01/2012
1992
|
---|---|
Resumo |
pp. 103-110 O meu interesse pela nossa história urbana levou-me a estudar o passado medieval de duas cidades portuguesas reconquistadas no século XII: Santarém, situada na margem direita do rio Tejo e Évora, no centro do Alto Alentejo, ambas localizadas portanto no Sul de Portugal. Em qualquer dos casos deparei com a presença constante da onomástica galega, quer a nível da antroponímia quer da toponímia. Em Santarém o apeHdo Galego surge nos documentos dos séculos Xni e XrV e atesta a fixação de gente do Norte que, vindo povoar a cidade, acaba por adquirfr nela uma posição miHtar e econômica de relevo. Os seus portadores residem de preferência na zona nobre: ou na Alcáçova, ou na freguesia de St.° Estêvão (ou do Santíssimo Milagre). Exemplifiquemos: João Domingues Galego, que em meados do século XIV vivia na freguesia de St.° Estêvão, era um rico proprietário da região. Era detentor de uma excelente lezíria do termo de Santarém, junto do Tejo, abaixo dos paços de Vaiada, onde recolhia 100 moios de pão meado e 2.000 pedras de linho. Esta lezfria era conhecida por Lezíria do Galego. É possível que se tratasse de um préstamo régio, pois em 1371 o rei D. Fernando doou-a por "jur de herdade" a D. loão Afonso Teles de Meneses, conde de Ourem e tio de Leonor Teles. |
Identificador |
0871-2778 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Relação |
;6 |
Direitos |
openAccess |
Tipo |
article |