O contextualismo na filosofia da linguagem contemporânea


Autoria(s): Falcato, Ana Cristina Serralheiro
Contribuinte(s)

Marques, António

Travis, Charles

Data(s)

10/01/2012

01/12/2011

Resumo

Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Filosofia

Esta dissertação discute um problema de Filosofia da Linguagem Contemporânea. O seu principal argumento responde à seguinte questão: qual é a importância que um contexto conversacional tem na determinação do significado e das condições de verdade das frases de uma língua natural que podem ser proferidas no seu interior? Como resposta à questão, defende-se aqui uma posição contextualista sobre a interpretação de elocuções de frases-tipo de uma língua natural (como o Português), contra uma posição literalista como o Minimalismo Semântico. No fórum de discussão, uma “posição contextualista” defende a imprescindibilidade do conhecimento do contexto conversacional em que uma frase é ou pode ser proferida para a determinação do seu significado local e respectivas condições de verdade. Com o fito de chegar a uma posição contextualista forte e sustentada, a dissertação está estruturada em quatro partes. O primeiro capítulo situa a origem do debate contextualismo/ anti-contextualismo na destituição da relação lógica de designação pelas Investigações Filosóficas de Wittgenstein. No segundo capítulo apresenta-se um quadro sinóptico de posições teóricas sobre a função do contexto na determinação do significado e condições de verdade de elocuções, entre o Literalismo e o Contextualismo Radical. Do lado literalista estão sobretudo propostas de adaptação da Semântica vero-condicional defendida por Davidson, articuladas com o trabalho de David Kaplan sobre Indexicais e Demonstrativos. Do lado do Contextualismo Radical estão projectos herdeiros da Filosofia do Wittgenstein das Investigações Filosóficas e da chamada “Filosofia da Linguagem Vulgar”, encimada por John Austin. A posição mais forte deste lado do espectro teórico defendida actualmente é o Ocasionalismo de Charles Travis. O terceiro capítulo apresenta e refuta uma das mais fortes posições anti-contextualistas no actual debate: o Minimalismo Semântico. Os principais defensores desta posição são Cappelen e Lepore e Emma Borg. No último capítulo é apresentada uma versão polémica de anti-contextualismo, o «Minimalismo sem Proposições Mínimas». Essa última posição Literalista sob análise constituirá apenas um ponto de viragem para o argumento contextualista aqui defendido. Detectada a “lacuna fundamental” do Minimalismo sem Proposição Mínimas, a dissertação termina com a defesa de um quadro contextualista radical: o Quadro Pragmático.

Identificador

http://hdl.handle.net/10362/6644

Idioma(s)

por

Publicador

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

Relação

http://www.edi-colibri.pt/Detalhes.aspx?ItemID=1742

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Ocasionalismo #Minimalismo Semântico #Proposição Mínima #interface Semântica/ Pragmática
Tipo

doctoralThesis