Avaliação do potencial de difusão do veículo eléctrico na área metropolitana de Lisboa


Autoria(s): Lopes, Mafalda Rendeiro Marques Mendes
Contribuinte(s)

Moura, Filipe

Melo, João

Data(s)

14/12/2011

14/12/2011

2011

Resumo

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia do Ambiente, perfil de Gestão e Sistemas Ambientais

O veículo eléctrico (VE) apresenta vantagens consideráveis face ao veículo de combustão interna (VCI), nomeadamente ao nível da eficiência, consumo energético, emissões atmosféricas, ruído e custos de operação. No entanto, tem também grandes limitações, visto que a sua autonomia é reduzida, o seu preço inicial é elevado, o carregamento da bateria é demorado, e exige uma infra-estrutura própria e ubíqua. Este estudo teve como objectivo avaliar o potencial de difusão na Área Metropolitana de Lisboa (AML), identificando os agregados familiares para os quais estas limitações não impedem que o VE seja uma opção possível e realista no momento de aquisição de um carro novo. Nesta análise foram considerados quatro cenários diferentes de subsidiação. Com base em dados do Instituto Nacional de Estatística e de inquéritos de mobilidade realizados pelo Centro de Estudos Urbanos e Regionais do Instituto Superior Técnico, gerou-se uma população sintética com propriedades estatísticas equivalentes à população da AML. Foi aplicada uma árvore de decisão, classificando cada agregado relativamente à viabilidade do VE enquanto opção na compra de um carro novo. Concluiu-se que o VE tem um potencial de difusão muito baixo, sendo uma opção viável para um número de agregados entre 22 701 (correspondente a 2,2% dos agregados da AML) e 71 352 (7,1%), consoante o cenário de subsidiação. A difusão do VE será dificultada ainda pela lenta taxa de renovação da frota portuguesa, não sendo expectável, mesmo numa perspectiva optimista, a entrada de mais de 3400 VE anualmente no parque automóvel da AML. Foi feita uma avaliação dos benefícios ambientais resultantes dos agregados seleccionados substituírem um dos seus VCI por um VE. Concluiu-se que haveria uma redução nacional anual no consumo de energia final entre 0,08% e 0,14%, e de emissões de CO2 entre 0,06% e 0,12%, consoante a política de subsidiação. Face a estas reduções pouco significativas, é questionável se se justifica o investimento avultado previsto para a difusão do VE. O problema da mobilidade urbana deverá ser abordado em várias frentes, fazendo uma análise comparativa às vantagens de apoiar fortemente o VE ou de direccionar esse investimento para outras soluções que possam trazer maiores benefícios ambientais, económicos e sociais.

Identificador

http://hdl.handle.net/10362/6321

Idioma(s)

por

Publicador

Faculdade de Ciências e Tecnologia

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Veículo eléctrico #Área metropolitana de Lisboa #Aquisição de automóveis #População sintética #Árvore de decisão #Benefícios ambientais
Tipo

masterThesis