Estética e ética em Kierkegaard e Pessoa
Data(s) |
12/12/2011
12/12/2011
1988
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Resumo |
pp. 261-272 O predomínio racíonalísta do criticismo e a prioridade concedida à epistemología provocaram, a partir dos primeiros românticos, uma reacção de cunho vitalista que afirmava e defendia os elementos espirituais (vontade e sentimento) que a filosofia do Iluminismo destacara insuficientemente. O sentimento, porção subjectiva do espírito incapaz de desempenhar funções estritamente cognitivas, penetra a razão. A partir de então, numa linha que nos leva até Níetzsche, Scheler, Heidegger, Jaspers, e Sartre, o sentimento (Gefühl) animará a teoria. Sõren Aabye Kierkegaard (1813 - 55) é o representante máximo da cultura do sentimento. Não persegue a verdade abstracta, objectiva, dos filósofos sistemáticos. Vive, pelo contrário, num estado permanente de problematização subjectiva. O único critério de verdade que aceita é a convicção íntima. A subjectividade, com todas as suas contradições dilacerantes, é a verdade. Kierkegaard encara a vida como conjunção disjuntiva, como opção entre dois termos (Enten ... Eller) que a lógica, inclusive a dialéctica hegelíana, não poderá unir numa síntese. |
Identificador |
0871-2778 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Direitos |
openAccess |
Tipo |
article |