Miocardiopatia hipertrófica: novas metodologias aplicadas ao diagnóstico genético


Autoria(s): Pires, Marina Andreia Santos Mendes
Contribuinte(s)

Fernandes, Maria Alexandra

Santos, Susana

Data(s)

02/12/2011

02/12/2011

2011

Resumo

Dissertação apresentada para a obtenção do Grau de Mestre em Genética Molecular e Biomedicina, pela Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia

A Miocardiopatia Hipertrófica (MH) é uma doença cardíaca genética com um padrão de transmissão autossómico dominante, que afecta 1 em cada 500 indivíduos na população em geral, sendo a principal causa de morte súbita em jovens e atletas. A MH caracteriza-se pelo espessamento do septo interventricular e aumento do átrio, associado a desorganização dos cardiomiócitos e fibrose intersticial. A MH é causada por mutações em genes que codificam para proteínas sarcoméricas (por ex: MYH7, MYBPC3, TNNT2, TNNI3, MYL2, MYL3, TTN, TPM1, ACTC1 e MYH6) e não sarcoméricas (por ex: TCAP e CSRP3). O diagnóstico clínico de MH é realizado através de electrocardiograma e ecocardiografia bidimensional. O diagnóstico genético, actualmente, baseia-se na pesquisa de mutações por sequenciação automática dos 5 principais genes associados a MH. Contudo, são já conhecidas mutações em mais de 30 genes, que não são analisados por sequenciação automática devido ao elevado custo e tempo de processamento. O objectivo deste trabalho foi contribuir para a optimização do diagnóstico da MH pelo aperfeiçoamento de duas tecnologias analíticas de larga escala: a Genotipagem por Espectrometria de Massa (iPLEX MassArray) para detecção de mutações conhecidas, e a Desnaturação de Alta Resolução (HRM) para pesquisa de novas mutações, ambas utilizadas na caracterização de 37 doentes Portugueses com MH. A análise realizada permitiu detectar alterações em 29 indivíduos, encontrando-se confirmadas por sequenciação 15 alterações, das quais cinco no gene MYH7, em que duas são novas (c.2585C>T; p.Ala862Val e c.1252 C>A;p.Gln418Lys), duas alterações no gene MYBPC3, uma das quais é nova (c.2470 C>A;p.Leu824Met), sete alterações no gene TNNT2, duas das quais são novas e encontram-se em regiões intrónicas (c.801+11A>G e c.600+65T>A) e uma nova alteração no gene TNNI3 (c.521 A>T;p.Lys174Met). Espera-se com este trabalho contribuir para um diagnóstico genético da MH rápido, económico, que permita a detecção precoce de casos severos da doença.

Identificador

http://hdl.handle.net/10362/6264

Idioma(s)

por

Publicador

Faculdade de Ciências e Tecnologia

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Miocardiopatia hipertrófica #Morte súbita #Diagnóstico genético #iPLEX MassArray #Desnaturação de alta resolução
Tipo

masterThesis