Produção de Biodiesel a partir de óleos vegetais virgens e usados, comparando transesterificação básica e enzimática
Contribuinte(s) |
Lapa, Nuno Justino, Ana |
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Data(s) |
08/07/2011
08/07/2011
2008
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Resumo |
Dissertação apresentada na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, para obtenção do Grau de Mestre em Bioenergia Este trabalho visa o estudo da produção, à escala laboratorial, de biodiesel a partir de óleos vegetais virgens e usados, comparando as transesterificações por catálise alcalina e enzimática. Vários óleos foram caracterizados a fim de determinar as suas propriedades, nomeadamente as que possam ter mais influência no biodiesel a partir deles produzido. Foi realizada a transesterificação alcalina destes óleos, em condições previamente optimizadas por outros autores, tendo-se obtido um teor em ésteres de 98,6% com o óleo de colza, de 94% com o óleo de soja e de 87,5% a 94% com os óleos usados. Para a transesterificação enzimática foram testadas várias lipases, tendo-se seleccionado a enzima imobilizada Lipozyme TL IM. O processo enzimático de produção de biodiesel a partir de óleo de colza foi optimizado, através de um desenho composto central a 4 variáveis, tendo-se determinado como melhores condições, uma temperatura de 37ºC, a adição de 0,06%(m/m) de enzima pura, uma razão molar óleo/metanol de 1/5 e a adição de 15% (m/m) de água, que conduzia a um teor teórico em ésteres na ordem dos 99%. Nestas condições, o teor em ésteres experimental obtido utilizando o óleo de colza foi de 86,7%. Quando se utilizou o óleo de soja e óleos usados de fritura, em condições análogas, obteve-se um teor em éster de 87,5% e de 79,6%, respectivamente, valores inferiores, em cerca de 10 %, em relação aos obtidos com a transesterificação básica, também em condições de sistema descontínuo. Do estudo realizado pode-se concluir que a catálise química se apresentou mais favorável,quer em termos de tempo de reacção quer de separação de fases, do que o processo enzimático. O facto da recuperação do biocatalisador não ter sido possível, devido ao granulado enzimático se desfazer, foi mais um factor que contribuiu para que o processo enzimático, desenvolvido neste trabalho, não se apresente como uma alternativa economicamente viável aos processos tradicionais de produção de biodiesel. |
Identificador | |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Faculdade de Ciências e Tecnologia |
Direitos |
openAccess |
Tipo |
masterThesis |