O arquivo e a construção social do passado
Data(s) |
15/03/2011
15/03/2011
1988
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Resumo |
pp. 121-132 Nunca ninguém jamais saberá explicar a que se deve o sucesso medieval da Peregrinação de Compostela: foi um fenômeno religioso espontâneo, ou uma operação de propaganda bem montada? Resultou apenas da convicção que os fiéis tinham de aí prestar culto às relíquias do Apóstolo mais venerável depois de S. Pedro, ou à capacidade de organização demonstrada pelo arcebispo Diego Gelmírez, que soube acolher os peregrinos, obter a protecção dos reis de Leão e de Castela, garantir a confiança de instituições religiosas tão influentes como o mosteiro de Cluny, e merecer a protecção, os privilégios, ou pelo menos a tolerância do Papa e dos seus legados? A verdade é que o próprio sucesso da organização perdurou na memória dos homens até aos dias de hoje, como uma realidade impossível de apagar totalmente, em boa parte porque Diego Gelmírez utilizou como um dos mais importantes instrumentos da sua acção, a compilação de um arsenal de provas que ainda hoje nos impressiona pelo seu incomparável vigor: a História Compostellana |
Identificador |
0871-2778 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Relação |
;2 |
Direitos |
openAccess |
Tipo |
article |