Desempenho Manual do Membro Superior Ipsilesional em Indivíduos com Acidente Vascular Encefálico
Contribuinte(s) |
Lopes, Alexandre |
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Data(s) |
16/03/2015
16/03/2015
01/10/2014
01/10/2014
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Resumo |
Introdução: nos pacientes que sofreram um Acidente Vascular Encefálico são incididos programas de reabilitação que visam principalmente o hemicorpo contralesional, negligenciando o lado ipsilesional. Porém, estão descritas alterações sensitivas e motoras do membro superior ipsilesional neste grupo populacional. Objetivo: avaliar os défices de sensibilidade, destreza grossa e fina e força de preensão da mão ipsilesional em indivíduos com diagnóstico de Acidente Vascular Encefálico, comparando o sexo, o hemisfério cerebral onde se localiza a lesão, a fase aguda e crónica, tendo como referência um grupo controlo. Metodologia: este estudo observacional de carácter analítico transversal foi constituído por 34 indivíduos em que 18 deles tem diagnóstico de Acidente Vascular Encefálico e 16 sem défices neurológicos. A avaliação foi iniciada com um questionário para recolha de informações dos participantes e de seguida foram aplicados instrumentos de avaliação num só momento com o mesmo examinador. Para avaliar a sensibilidade foi usado o Moving Touch-Pressure Test, para a força o Dinamómetro Baseline®, na avaliação da destreza grossa o Teste Caixa e Blocos e por fim a destreza fina com o Purdue Pegboard Test. Estatisticamente recorreu-se ao teste T-student para amostras independentes com nível de significância de 0,05. Resultados: verificou-se que o membro superior ipsilesional dos indivíduos que sofreram um AVE apresenta um défice na força de preensão manual com nível se significância de p=0,001, e de p=0,000 para a destreza fina e grossa e sensibilidade, quando comparados com um grupo controlo. Constatou-se também que no grupo de indivíduos com diagnóstico de Acidente Vascular Encefálico, o sexo masculino obteve melhores resultados em todos os parâmetros avaliados. Observou-se ainda que tanto os homens como as mulheres após sofrerem um Acidente Vascular Encefálico apresentam défices funcionais na mão ipsilesional, mas no entanto os homens apresentam apenas alterações na destreza grossa (p=0,017) e na força (p=0,001). Na comparação dos hemisférios cerebrais lesados e das fases aguda e crónica do AVE verificou-se que não houve diferenças significativas. Conclusão: Existem défices no membro superior ipsilesional após Acidente Vascular Encefálico, sendo então pertinente a sua inclusão em programas de reabilitação, podendo assim melhorar a qualidade de vida dos indivíduos com esta patologia. Introduction: patients who have had a stroke are inserted in rehabilitation programs that primarily target the contralesional hemibody, neglecting the ipsilesional side. However, there are described sensory and motor changes in the ipsilesional upper member in this population. Objective: evaluate the sensibility, fine and gross dexterity and grip strength deficits of the ipsilesional hand in subjects with cerebrovascular accident diagnosis, comparing the gender, cerebral hemisphere where the lesion is located, acute and chronic phase, having as reference a control group. Methodology: this transversal analytic observational study was constituted by 34 subjects, 18 of them with cerebrovascular accident diagnosis and 16 without neurologic deficits. The evaluation was started with a questionnaire for data collection of the participants and then were applied the assessment tools in one moment with the same examiner. To assess the sensibility it was used the Moving Touch-Pressure Test, the strength was assessed with the Baseline® Dynamometer, the gross dexterity by the Box and Blocks Test and, at last, the fine dexterity with Purdue Pegboard Test. Statistically it was used the T-Student's test for independent samples with a significance level of 0,05. Results: it was noted that the ipsilesional upper limb of the subjects with cerebrovascular accident diagnosis presents deficits in the grip strength (p=0,001), fine and gross dexterity and sensibility (p=0,000), when compared with the control group. It was also noted that in the cerebrovascular accident group, the male subjects presented better results in all of the parameters evaluated. It was also observed that both men and women after suffering a cerebrovascular accident present deficits of the ipsilesional hand, yet men only present changes in gross dexterity (p=0,017) and grip strength (p=0,001). Comparing the injured cerebral hemispheres and the acute and chronicphases of stroke there weren’t found any significant differences. Conclusion: in this study it was concluded that there are deficits in the ipsilesional upper limb, and then relevant for inclusion in rehabilitation programs, and thus improve the quality of life of individuals with this condition. |
Identificador |
http://hdl.handle.net/10400.22/5710 201164922 |
Idioma(s) |
por |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #Acidente Vascular Encefálico #ipsilesional, destreza #sensibilidade #força #membro superior |
Tipo |
masterThesis |