A atividade dos estabilizadores da omoplata e movimento compensatório do tronco no gesto de alcance em indivíduos pós AVE
Contribuinte(s) |
Silva, Cláudia Ferreira, Rosália |
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Data(s) |
24/02/2015
24/02/2015
01/10/2014
2014
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Resumo |
Introdução: Lesões como o AVE interferem com a capacidade de recrutar níveis adequados de atividade muscular, podendo levar ao aparecimento de movimentos compensatórios como a excessiva translação anterior do tronco, associada ao gesto de alcance. Objetivos: Descrever a relação entre a atividade dos estabilizadores da omoplata e o movimento compensatório do tronco no gesto de alcance, em 4 indivíduos pós AVE. Pretendeu-se também analisar o papel dos estabilizadores da omoplata na função do membro superior. Métodos: Quatro indivíduos com diagnóstico de AVE, que apresentavam alterações no nível de actividade dos estabilizadores da omoplata contralesional, foram sujeitos a uma avaliação realizada em três momentos, antes (M0), durante (M1) e após (M2) e a um período de intervenção, segundo os princípios do Conceito de Bobath. Recorreu-se à electromiografia de superfície para avaliar a atividade e o timming dos músculos grande dorsal, trapézio superior e trapézio inferior do hemicorpo contralesional e ao software de Avaliação Postural (SAPO) para analisar o deslocamento do tronco no sentido anterior, associados à realização do gesto de alcance. Foram aplicadas as escalas RPS e MESUPES para avaliar as componentes de movimento do gesto de alcance e a função do membro superior, respetivamente. Recorreu-se ao registo fotográfico para análise dos componentes de movimento na posição de sentado e em pé.Resultados: Os dados eletromiográficos registam atividade dos estabilizadores da omoplata unicamente num indivíduo em M2. A análise do deslocamento anterior do tronco revela melhorias em M1 em todos os indivíduos, sendo que em M2 essa evolução positiva não foi observada em três dos participantes. Entre M0 e M2, na escala RPS registam-se melhorias de 7 a 9 pontos no alvo próximo e de 5 a 10 pontos no alvo distante. Na escala MESUPES verificam-se melhorias entre 5 a 18 pontos na sub-escala braço e entre 5 a 8 pontos na sub-escala mão, em M2. A avaliação do registo fotográfico revela modificações nos componentes de movimento dos quatro indivíduos, nomeadamente na integração dos MI na base de suporte, na atividade do tronco inferior e superior e no alinhamento do MS contralesional. Conclusão: A melhoria do nível da atividade dos estabilizadores dinâmicos da omoplata sugere ter influência na diminuição do movimento compensatório do tronco no gesto de alcance e parece ter um papel na melhoria da eficácia distal do MS do mesmo lado. Introduction: Injuries as the stroke interfere with the ability to recruit appropriate levels of muscle activity and may lead to the appearance of compensatory movements as excessive anterior translation of the trunk, associated with the gesture of reach. Objectives: To describe the relation between the activity of the stabilizers of the scapula and the compensatory movement of the trunk in the reach task, in 4 individuals post stroke. It is also intended to analyze the role of stabilizers of the scapula in upper limb function. Methods: Four individuals with stroke diagnosis, who reveled changes in the level of activity of the contralesional scapula stabilizers, were subjected to an evaluation carried out in three moments: before (M0), during (M1) and after (M2) and to an intervention period, in accordance with the principles of the Bobath concept. Resorted to the surface electromyography for evaluating the activity of muscles, latissimus dorsi, upper trapezius and lower trapezius of contralesional hemibody and to the Postural Evaluation software (SAPO) to analyze the offset of the trunk in the previous sense, associated with the accomplishment of the reach. RPS and MESUPES scales have been applied to evaluate the components of gesture motion range and upper limb function, respectively. Photographic record was used for the analysis of motion components in sitting and standing position.Results: The electromyographic data showed activity of the stabilizers of the scapula solely in one individual in M2. The anterior displacement of the trunk analysis revealed improvements in M1 in all individuals, being that this positive evolution in M2 was not observed in three of the participants. Between M0 and M2, RPS recorded improvements between 7 to 9 points on close target and 5 to 10 points in the far target. Using MESUPES there are improvements between 5 to 18 points in the sub-scale arm and between 5 to 8 points in the sub-scale hand in M2. The evaluation of the photographic record reveals changes in motion components of four individuals, including the integration of lower limbs in the base of support, in the activity of the lower and upper trunk and in the alignment of the contralesional upper limb. Conclusion: The improvement of the level of activity of dynamic stabilizers of the scapula suggests influence on reduction of compensatory movement of the trunk in the reach task and appears to have a role in improving the efficiency of the distal upper limbs of the same side. |
Identificador |
http://hdl.handle.net/10400.22/5643 201163934 |
Idioma(s) |
por |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #Acidente Vascular Encefálico #Gesto de alcance #Movimento Compensatório #Estabilizadores da omoplata #Stroke #Reach Task #Compensatory Movement #Scapula Stabilizers |
Tipo |
masterThesis |