A lenda de Apolo e Mársias : Representações artísticas e estudos de anatomia de superfície
Data(s) |
17/01/2011
17/01/2011
2005
|
---|---|
Resumo |
Acta Medica Portuguesa 2005; 18: 371-376 No âmbito do Primeiro Curso Livre de História Universal e de História da Arte, organizado pelo Departamento de História da Medicina na Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, foi interessante analisar e fotografar o conjunto de esculturas do século XVII expostas no terraço de acesso aos jardins do Palácio dos Marqueses de Fronteira, em Benfica, representando figuras da mitologia grega. O conjunto situado no topo do terraço representa a lenda de Apolo e Mársias, tal como apresentada nas Metáforas de Ovídeo, tendo-nos suscitado particular atenção a perfeição representativa da escultura do fauno esfolado, em termos de Anatomia de superfície. Por análise de estudos anatómicos prévios, como os de Leonardo da Vinci (cc.1510-1530) ou de Vesalius (cc.1543), detectam-se diversas semelhanças representativas entre alguns dos pormenores fotografados da escultura e os esboços desses primeiros grandes mestres da Anatomia. Aprofundámos o nosso trabalho analítico, procurando outras representações artísticas de esfolados e verificando que se trata de um exercício frequente na arte renascentista e neoclássica em geral, uma vez que os estudos de anatomia de superfície são fundamentais à perfeição representativa do corpo humano. Outros textos, para além das Metáforas de Ovídeo, têm servido de mote a estes trabalhos, como por exemplo as descrições do martírio de S.Bartolomeu que terão inspirado o auto-retrato com que Michelangelo Buonarroti assinou os frescos da Capela Sistina |
Identificador |
0870-399X |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Ordem dos Médicos |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #Anatomia #Arte #História da medicina |
Tipo |
article |