Detecção remota por satélite de matos mediterrânicos de cistáceas


Autoria(s): Rodrigues, Maria Teresa Calvão
Contribuinte(s)

Paiva, Maria

Palmeirim, Jorge

Data(s)

05/01/2011

05/01/2011

1999

Resumo

Dissertação apresentada para obtenção do Grau de Doutor em Ciências do Ambiente,na especialidade de Sistemas Naturais, pela Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia

o uso milenar pelo homem da Bacia do Mediterrâneo conduziu a problemas graves de degradação ambiental, encontrando-se algumas zonas em elevado risco de desertificação. As zonas mais degradadas são colonizadas, essencialmente, por plantas da família Cistaceae. Tem-se verificado que estas espécies desempenham um importante papel não só na defesa do solo contra a erosão mas também na melhoria das condições edáficas, proporcionando, eventualmente, situações propícias para a instalação de outras espécies, mais exigentes. Toma-se, por isso, indispensável conhecer a dinâmica espacio-temporal das comunidades vegetais formadas por Cistáceas, especialmente no que diz respeito à variação da biomassa. Actualmente, o único método realista, objectivo e prático para monitorizar a fitomassa à escala regional consiste na utilização de imagens obtidas por radiómetros a bordo de satélites. Existem vários tipos de radiómetros com diferentes resoluções radiométrica, espacial, temporal e espectral, fornecendo, por isso, imagens com características distintas. Para se poder conjugar as imagens provenientes dos vários radiómetros são necessários estudos comparativos. Assim, para a determinação do potencial das imagens de satélite na determinação da fitomassa dos matos mediterrânicos à base de Cistáceas foram usadas imagens de Verão de três radiómetros diferentes (TM, HRV e VNIR) e ainda uma imagem TM de Inverno para comparação do comportamento espectral da vegetação em duas estações distintas do ano. Foi efectuado trabalho de campo para avaliação directa da fitomassa e validação da informação radiométrica. Os resultados obtidos no presente trabalham revelam que as adaptações morfológicas das Cistáceas às condições ambientais adversas durante o Verão (temperaturas elevadas, carência hídrica e excesso de radiação) influenciam, de maneira decisiva, o comportamento espectral das plantas. Deste modo, os matos de Cistáceas podem distinguir-se, nas imagens, de outras comunidades vegetais existentes na mesma região mas com adaptações morfológicas distintas, como é o caso de matos mediterrânicos esclerófilos. Ou seja, é possível, cartografar as diferentes formações vegetais mediterrânicas com base em informação espectral.

Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (contrato PEAM/CIRNT/57/91), Programa PRODEP (Concurso 4/95)

Identificador

http://hdl.handle.net/10362/4770

Idioma(s)

por

Publicador

Faculdade de Ciências e Tecnologia

Direitos

openAccess

Tipo

doctoralThesis