A rulote


Autoria(s): Bettencourt, Carolina Lopes Ávila Moniz
Contribuinte(s)

Serrão, Maria João

Data(s)

04/03/2016

04/03/2016

2011

Resumo

Relatório de projecto submetido à Escola Superior de Teatro e Cinema para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Teatro, especialização Artes Performativas - Interpretação.

Num lugar improvável, esquecido e acidental, estaciona uma Rulote. Este acontecimento banal engendra uma nova realidade num sítio que até então era como se não existisse. Personagens vindas do escuro da noite, viajantes, seres errantes, figuras do quotidiano mas também do sonho, a pretexto da instituição desse sítio, passam a existir diante do espectador, a existir na sua individualidade e a existir umas com as outras. Pressente-se então, intangível, um mecanismo subliminar que encadeia na sua lógica de caos e de ordem todos os movimentos decorrentes desse acontecimento inicial, num sistema perfeito de ruptura e continuidade. Esta é a “história” do espectáculo, na sua descrição mais profunda, menos visível: um acontecimento (chegada duma rulote), e uma sequência de situações que lhe sucedem porque lhe são intrínsecas (pessoas que aparecem por causa da rulote e que por isso, se encontram). Os indivíduos dão lugar a um coro, a realidade transfigura-se em visão, o espaço físico é tanto o da essência do concreto e do palpável, como do «projectado», do transfigurado sensitivamente, emocionalmente, musicalmente, poeticamente… Há uma comunidade local com a qual os actores se relacionam e no seio da qual o espectáculo vai nascer: o teatro a co-habitar com a vida; formula-se um olhar sobre o indivíduo, sobre a cidade e sobre o mundo; há uma intervenção num espaço exterior e desse laboratório nasce o espectáculo.

Identificador

http://hdl.handle.net/10400.21/5781

201036878

Idioma(s)

por

Publicador

Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Superior de Teatro e Cinema

Direitos

restrictedAccess

Palavras-Chave #Interpretação #Nuno Nunes #Espectáculo
Tipo

masterThesis