Tradições orais como subsídio para escritas de cena: das tradições orais à artes performativas
Contribuinte(s) |
Rosa, Armando do Nascimento |
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Data(s) |
04/03/2016
04/03/2016
2014
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Resumo |
Projeto para obtenção do Grau de Mestre em Teatro. Especialização em Artes Performativas — Escritas de Cena. A ideia de elaborar dramatizações a partir de Tradições Orais surgiu em 2004 durante a preparação para a conclusão do bacharelato nesta Escola, após os primeiros contactos com as obras do dramaturgo francês, Alfred Jarry. Em 2005, para a tese de licenciatura, sob tema Estudos Comparativos da Dramaturgia de Alfred Jarry Com as Fábulas Caboverdianas de Lobo e Chibinho começamos, de forma entusiástica, a vasculhar o comportamento e a psicologia de algumas personagens de Jarry. Concluímos que as estórias do Lobo e Chibinho que se contavam em Cabo Vede (CV) não eram mais do que decalques das dramaturgias Jarrianas. Verificamos óbvias semelhanças entre estes dois heróis arquétipos. Ubu, que numa perfeita pronúncia francesa seria Iubú, está muito próxima do Iôbu, que quer dizer Lobo. O próprio Lobo, pela acentuada dislexia de que padece, pela asnice que o caracteriza, não consegue pronunciar certas consoantes, como: “c”, “l”, “r”, “s” ou “z”. Por exemplo: palácio, diz paiáxio; rapariga, iapaíga; esposa, espoja. Ele tem dificuldade em pronunciar o seu próprio nome pelo que substitui os “Ls” pelo “Is”, chamando-se a si próprio de Iôbu em vez de Lobo. Estas caraterísticas são comuns entre ambos. O próprio Jarry, numa carta dirigida ao encenador Lugné-Poe, em 1896, recomenda o seguinte: “5° Adoption d’un ‘accent’ ou mieux d'une ‘voix’ spéciale pour le personnage principal”. (Cf. a carta integral no anexo). E no prefácio de As Aventuras de Nhu Lobo, p.7, pode-se constatar essas evidências, conforme escreveu a Prof. Eugénia Vasques: “… estas aventuras do antitético par pícaro Senhor Lobo (Nhu Lobo) e seu sobrinho Xibinho estão para a literatura de Cabo Verde como Ubu-Rei (peça estreada em 1896), de Alfred Jarry (1873-1907), estará para a cultura francesa ou As Aventuras do Soldado Schweik (escritas entre 1921-23), de Jaroslav Hasek (1883-1923), para a cultura checa.” [sic.] RESUMÉ - L’idée d’élaborer des dramatisations à partir des traditions orales est venue en 2004 durant la préparation pour la conclusion de notre licence à cet École après les premiers contacts avec les oeuvres du dramaturge français, Alfred Jarry. En 2006, pour la thèse de licence, sous le thème «Études comparatives de la Dramaturgie d’Alfred Jarry Avec les Fables Cap-verdiennes de Lobo e Chibinho» nous avons commencé, de façon enthousiaste, à fouiller le comportement et la psychologie de certains personnages de Jarry. Nous avons concluit que les «estórias» du Loup qu’on raconte au Cap Vert (CV) n’étaient plus que des decalques des dramaturgies «jarrienes». Nous avons constaté d’évidentes ressemblances entre ces deux archétypes. Ubu, que dans une parfaite prononciation française serait «lubú», est très proche du «lôbu», c’est-à-dire «Lobo». Le loup lui-même, par l’accentuée dyslexie dont il souffre, par la sottise que le caractérise, n’arrive pas prononcer certainnes consones, comme: “c”, “l”, “r”, “s” ou “z”. Par exemple: palácio (palais), il dit «paiáxio»; rapariga (jeune fille), «iapaíga»; esposa (épouse), «expoja». Il a de dificulté en prononcer son propre nom dont il remplace le “L” par le “I”, en appelant à soi-même «Iôbu». Ces caractéristiques sont commun entre les deux. Jarry lui-même, dans une lettre adressée au metteur en scène Lugné-Poe, en 1896, a recommandé le suivant: “5º Adoption d’un accent ou mieux d’une ‘voix’ spéciale pour le personnage principal”. (Cf. La lettre integrale aux annexes). Et dans le préface de As Aventuras de Nhu Lobo, p. 7, on peut constater ces évidences, selon a écrit la Prof. Eugénia Vasques: “... ces aventures de l’antithétique pair picaro Monsieur Loup (Nhu Lobo) et son neveu Xibinho sont pour la literature du Cap Vert comme Ubu-Roi (pièce debutée en 1896), d’Alfred Jarry (1873-1907), seras pour la culture française ou Les Aventures du Soldat Schweik (écrites entre 1921-23), de Jaroslav Hasek (1883-1923), pour la culture tcheque.” [Sic]. |
Identificador |
http://hdl.handle.net/10400.21/5780 201029200 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Superior de Teatro e Cinema |
Direitos |
restrictedAccess |
Palavras-Chave | #Deidades #Fábulas #Funaná #Lendas #Tabanca #Divinités #Fables #Légende |
Tipo |
masterThesis |