O Processo de internacionalização da música portuguesa: contexto histórico, desafios atuais e futuro


Autoria(s): Oliveira, Joaquim Paulo da Cruz
Contribuinte(s)

Santos, José de Freitas

Data(s)

17/10/2014

17/10/2014

2014

Resumo

Dissertação de Mestrado apresentada ao Instituto de Contabilidade e Administração do Porto para a obtenção do grau de Mestre em Empreendedorismo e Internacionalização, sob orientação do Professor Doutor Freitas Santos

O presente trabalho aborda a problemática da internacionalização da música portuguesa, referindo o contexto histórico da sua evolução (internacional e nacional), os desafios atuais que se colocam às empresas e músicos decorrente da digitalização da música, traçando-se depois alguns cenários de futuro. Desde a sua origem e implementação como indústria que a música portuguesa tem apresentado dificuldades de se internacionalizar. Se tal se deve, em grande parte, ao isolamento a que o país esteve sujeito durante o regime do Estado Novo, a situação pouco se alterou com a revolução de 25 de abril de 1974. Era suposto que o surgimento do digital, aliado a novas tecnologias de divulgação e partilha e a menores custos de produção alterassem a situação. No entanto, num mundo cada vez mais globalizado, Portugal parece continuar a padecer do isolamento e da sua condição geograficamente periférica. O que verdadeiramente acontece é que, o verdadeiro problema, hoje e sempre, reside na falta de apoios e de estruturas profissionais que permitam alavancar a música portuguesa no seu processo de internacionalização e exportação como um bem consumível, gerador de emprego e de retorno económico. Existem, no entanto, exceções para lá do fado e dos cantores populares; artistas e bandas que, com muito trabalho e com custos pessoais, investem na sua internacionalização. Obviamente, o retorno é proporcional à sua capacidade de investimento, mas comprovam que, devidamente apoiados por estruturas profissionais e competentes, e pela qualidade da sua música, a internacionalização é perfeitamente alcançável.

This paper discusses the problem of Portuguese music internationalization, referring to the historical context of its development (international and national), the current challenges faced by companies and musicians due to the digitization of music, subsequently outlining some future scenarios. Since its origin and implementation as an industry that Portuguese music has presented difficulties to internationalize. If this is due, in large part, to the isolation the country was submitted during the Estado Novo regime, the situation has changed very little with the revolution of the 25th April of 1974. It was supposed that the emergence of digital, combined with new technologies of dissemination and sharing at lower productions costs would change the situation. However, in an increasingly globalized world, Portugal still seems to suffer from isolation and its geographically peripheral condition. What really happens is that the real problem, today and always, is the lack of support and professional structures enabling the leverage of Portuguese music in the process of internationalization and export as a commodity, capable to generate employment and economic return. There are, however, exceptions beyond fado and popular singers; artists and bands that, with hard work and at personal cost, invest in their internationalization. Obviously, the return is proportional to its investment capacity, but proves that duly supported by professional and competent structures, and the quality of his music, internationalization is perfectly attainable.

Identificador

http://hdl.handle.net/10400.22/5065

201634147

Idioma(s)

por

Publicador

Instituto Politécnico do Porto. Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Música portuguesa #Música digital #Internacionalização #Exportação #Portuguese music #Digital music #Internationalization #Exportation
Tipo

masterThesis