Consultório de Madame Brouillar


Autoria(s): Lousada, Isabel
Data(s)

31/12/2009

21/11/2014

Resumo

4 Roteiros Feministas na cidade de Lisboa, vol. 1, Lisboa, 2010, pp. 119-124.

Desde tempos imemoriais se relatam episódios mais ou menos fantásticos em que a solução para doenças da alma e do corpo se procura recorrendo não à ciência, mas a outras artes. A(o)s curandeira(o)s, cartomantes, advinha(o)s preenchiam muitos recantos desta cidade, como também nas aldeias e vilas se podiam encontrar. Fosse como alternativa à medicina tradicional, ainda muito incipiente e incomportável para as bolsas da maioria da população, fosse ainda fruto de crendices e superstições que a educação e a cultura ainda não tinham travado, proliferavam. As rezas, mezinhas e benzeduras eram mais que muitas e a formação do Grupo das Treze1, em 1911, disso mesmo dá conta ao pretender combater a ignorância, as superstições, o obscurantismo, o dogmatismo religioso e o conservadorismo que afectavam a sociedade portuguesa e impediam a libertação das consciências. Contudo, também outras vozes se fizeram ouvir contra tais práticas. Adelaide Cabete, que desde a primeira hora se unira aos revolucionários republicanos, não dá tréguas às quiromantes, às práticas obscurantistas capazes de inquinar o progresso emancipatório dos povos. Assim, vemo-la brandir a espada da ciência e da argumentação contra Madame Brouillard a quem chama pelo nome, revelando inclusive moradas. Esta quiromante, com anúncios espalhados pela imprensa, ocupando mesmo a republicana e feminista, ao longo de décadas, ombreava com os anúncios de co

Identificador

in Roteiro 4

http://hdl.handle.net/10362/4301

Idioma(s)

pt_PT

Palavras-Chave #Adelaide Cabete #Crendice #Grupo das Treze #Madame Brouillard #Superstição
Tipo

other

Direitos

openAccess