Para uma leitura plural da "chuva oblíqua"
Data(s) |
27/10/2010
27/10/2010
1980
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Resumo |
Revista da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, N.1(1980) Tenho que toda a leitura é provisória. Provisória e incompleta. E que revela sempre muito mais sobre a pessoa do que lê do que sobre a obra lida. Encontramos, geralmente e apenas, aquilo que nos propomos encontrar. Nem de outro modo se justificaria a busca. Ou, pelo menos, tornávamo-la, à partida, absurda e irracional. Quanto ao Autor que nos fornece o texto (guardo-me de dizer que é o seu produtor, como é no sentido mais inocente que utilizo a própria palavra texto), desprezado como andou durante os últimos vinte anos da crítica literária, encasulado em pressupostos metodológicos que o dispensavam, por reacção ou por receio de se tombar nas armadilhas do chamado «subjectivísmo», «impressionismo», «biografismo», pressupostos convertidos lastimosamente em arrogantes preconceitos, parece ter começado a recuperar o lugar que por justiça lhe pertence, e vai emergindo, aqui e ali, nas vozes mais lúcidas e corajosas, como o ponto sugestivo e realmente perturbador do nosso olhar. |
Identificador |
pp. 91-100 0871-2778 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Relação |
;N.1 |
Direitos |
openAccess |
Tipo |
article |