Integração de paineís solares térmicos soluções de pós-construção


Autoria(s): Madeira, Ana Sofia Guerra
Contribuinte(s)

Melo, João

Data(s)

22/06/2010

22/06/2010

2009

Resumo

Dissertação apresentada na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para obtenção do grau de Mestre em Engenharia do Ambiente,perfil de Gestão e Sistemas Ambientais

Nas sociedades contemporâneas a energia assume um papel determinante. O aumento do consumo energético das últimas décadas, sentido sobretudo nos países desenvolvidos e resultante, em grande parte, do sector doméstico, tem provocado problemas na gestão de alguns recursos, nomeadamente dos recursos fósseis. A ineficiência energética neste sector conduz, assim, à necessidade de se apostar em energias alternativas. O sector das energias renováveis, em particular da energia solar térmica, possui um grande potencial para reduzir a dependência externa de Portugal face aos combustíveis fósseis. A Medida Solar Térmico 2009 (MST 2009), que se traduziu na atribuição de incentivos económicos para a aquisição de painéis solares térmicos, foi uma das medidas governativas pensadas para reduzir os gastos energéticos no sector dos edifícios contribuindo, simultaneamente, para a criação de emprego e para o crescimento económico. Porém, esta medida governativa não foi suficiente. Esta tese tem como principal objectivo retratar o actual panorama da energia solar térmica para aquecimento de águas sanitárias em Portugal, do ponto de vista das empresas de fabrico,comercialização e instalação. Além disso, pretendem-se sistematizar os tipos de problemas inerentes à instalação de painéis solares térmicos em casos de pós-construção e propor soluções de integração,de forma a minimizar o seu impacte. Assim, realizaram-se inquéritos e entrevistas, efectuou-se um levantamento fotográfico e analisou-se a viabilidade da instalação de sistemas solares térmicos, de forma a cumprir o objectivo proposto. Da análise realizada, pode concluir-se que é importante que se aposte na formação e responsabilização de todos os intervenientes no fabrico, comercialização e instalação de painéis solares térmicos; que a actual legislação seja clarificada e simplificada; que sejam desenvolvidos programas de análise de sistemas solares térmicos mais eficazes e representativos da realidade; que se recorram a equipas multidisciplinares de forma a obter bons resultados em termos energéticos (eficiência do sistema) e de integração arquitectónica dos equipamentos nos edifícios; e que se desenvolvam estruturas e/ou entidades que possibilitem o acompanhamento e a monitorização dos sistemas e equipamentos solares térmicos. Deste estudo, concluiu-se que as empresas estão pouco sensibilizadas para a certificação dos seus produtos. Além disso, o tempo de garantia concedido aos clientes e a responsabilidade pelo desmantelamento e manutenção dos equipamentos solares térmicos não estão devidamente estabelecidos. Por outro lado, há que desenvolver mais meios e instrumentos para a prática da actividade dos técnicos instaladores, apostar em novos meios de apoio ao cliente, mais eficazes e duradouros, e promover a continuidade da MST 2009, alargando-a aos edifícios colectivos multifamiliares.

Identificador

http://hdl.handle.net/10362/3928

Idioma(s)

por

Publicador

Faculdade de Ciências e Tecnologia

Direitos

openAccess

Tipo

masterThesis