Tentativa de erradicação da himenolepíase em uma comunidade semifechada, empregando-se praziquantel
Data(s) |
01/02/1985
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Resumo |
Duas semanas após o insucesso da terapêutica com mebendazol 400 mg diários durante quatro dias consecutivos , 101 indivíduos de uma comunidade semifechada, 50,5% infectados por Hymenolepis nana, em sua maioria crianças entre dois e seis anos de idade, foram tratados com praziquantel (*) em duas doses orais de 20 a 25 mg/kg, administradas com dez dias de intervalo. O diagnóstico da himenolepíase, bem como os controles de cura parasitológica realizados nos 7.º, 14.°, 21°, 30.°, 60.° e 90.° dias depois da administração da segunda dose de praziquantel, basearam-se em exames de fezes pelo método quantitativo de KATO/KATZ. A tolerância ao medicamento foi excelente e a negativação dos exames ocorreu independentemente da intensidade do parasitismo. Nos 7.° e 14° dias pós-tratamento encontraram-se ovos de H. nana, respectivamente em nove e em dois pacientes, mas esses ovos apresentavam-se distorcidos. No controle do 21.° dia todos os resultados mostraram-se negativos, traduzindo um índice de cura de 100%. A partir do 30.° dia verificou-se em três crianças a eliminação de ovos normais do parasita. Tendo em vista serem essas as únicas que viviam em regime de semi-internação nessa comunidade e a positividade tardia dos exames, esses casos foram considerados como reinfecção. Conclui-se, pelos resultados alcançados, que o esquema posológico empregado, fundamentado nas investigações experimentais conduzidas por CAMPOS & col. (1983), é eficaz e seguro para o tratamento da himenolepíase, em especial, quando se pretende tentar erradicá-la numa comunidade fechada. |
Formato |
text/html |
Identificador |
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0036-46651985000100006 |
Idioma(s) |
pt |
Publicador |
Instituto de Medicina Tropical |
Fonte |
Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo v.27 n.1 1985 |
Tipo |
journal article |