Tratamento de efluentes resultantes da exploração de urânio


Autoria(s): Sequeira, Cláudia Derboven
Contribuinte(s)

Amaral, Leonor

Data(s)

15/01/2009

15/01/2009

2008

Resumo

Dissertação apresentada na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para obtenção do grau de Mestre em Engenharia do Ambiente, Perfil Sanitária

Após um século de exploração mineira em Portugal, nomeadamente de componentes radioactivos, como o urânio, rádio, polónio, entre outros, resultaram muitas minas, escombreiras de minério pobre e de estéreis, bacias de rejeitados, eiras de efluentes e lamas resultantes de processos de decantação de efluentes. Por outro lado, no cenário internacional, aposta-se na produção de energia com recurso à tecnologia nuclear. Esta situação tem vindo a aumentar o valor comercial do urânio e, em Portugal, têm surgido interesses para retomar a exploração mineira deste elemento. Tanto na componente de reabilitação das áreas mineiras abandonadas, como na vertente de uma futura exploração mineira de urânio, o tratamento dos efluentes resultantes dos processos produtivos assume-se como um elemento determinante. Estes efluentes apresentam-se muitas vezes contaminados com urânio e rádio, no entanto, apresentam também outros subprodutos, representando graves impactes no ambiente em geral e, consequentemente, acarretando problemas de saúde pública. Neste campo, verifica-se uma grande diversidade de métodos de tratamento para aplicação nos efluentes gerados por esta actividade produtiva. Estes métodos deverão ser aplicados, tendo em consideração as características dos efluentes a tratar, de modo a dar cumprimento aos valores de descarga presentes na legislação. De um modo geral, aplicam-se métodos de tratamento activos durante o período de produção e, após encerramento e fase de monitorização, são maioritariamente aplicados processos passivos no tratamento do efluente gerado. Os sistemas de tratamento activos abordados incluem neutralização, precipitação (com cloreto férrico e/ou cloreto de bário), adsorção através de hidróxido de magnésio hidratado, tecnologias de membranas (nanofiltração e osmose inversa), troca iónica. Os sistemas de tratamento passivos recorrem a leitos de macrófitas, barreiras permeáveis reactivas, barreiras biológicas e imobilização. Muitas vezes verifica-se a necessidade de conjugar mais que uma tecnologia de tratamento para a remoção dos contaminantes do efluente, de modo a cumprir o disposto na legislação.

Identificador

http://hdl.handle.net/10362/1785

Idioma(s)

por

Publicador

FCT - UNL

Direitos

openAccess

Tipo

masterThesis