Cultura, experiência e inclusão social em abordagens curriculares sensíveis à identidade não ostensiva
Data(s) |
11/02/2016
11/02/2016
01/07/2015
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Resumo |
2.º Congresso Internacional “Psicologia, Educação e Cultura”, Vila Nova de Gaia, 17 e 18 de Julho de 2015. O presente texto resulta da afluência de pensamentos e da intencionalidade educativa que subjaz a (alguns dos) projetos de investigação realizados pelos autores e que agora se fazem convergir. Enquanto investigadores e professores preocupa-nos o alheamento de certos alunos em relação a determinados conteúdos curriculares e, no limite, à escola em geral. Tal inquietação impele-nos a estudar questões de relevância curricular, tendo um dos investigadores trabalhado com uma equipa que recorreu à metodologia da investigação ação colaborativa para estudar problemas curriculares, fazendo assim emergir o projeto “Investigação para um Currículo Relevante” (Sousa, Alonso, & Roldão, 2013). Por um lado, a inovação curricular praticada nos mencionados projetos favorece o protagonismo dos professores enquanto decisores curriculares, reconhecendo a relevância do currículo a nível local, no sentido de promover aprendizagens significativas nos alunos, que vão ao encontro não só das suas necessidades, interesses e expetativas, mas essencialmente da(s) identidade(s) e experiências vivenciadas. Por outro lado, esta inovação curricular implementada por professores beneficia o desenvolvimento (refletindo-se também neste procedimento a forma como os docentes se envolvem a nível) curricular, tal como a asserção das suas identidades profissionais, exemplificada a partir da investigação sobre as suas práticas pedagógicas, que neste escrito surgem a partir de narrativas profissionais. Estas últimas constituem-se como recortes de experiências que ajudam o sujeito na reafirmação da sua profissionalidade docente, no sentido da conscientização da identidade profissional e da assunção do papel de professor investigador, tal como estudado pela investigadora que também é autora deste escrito. Os principais objetivos do trabalho são: compreender formas de apropriação curricular da identidade cultural dos alunos, especialmente nas suas formas menos ostensivas; relacionar as dimensões de cultura, identidade, políticas e práticas de inclusão com as teorias curriculares. Nos estudos mencionados, o ponto de partida do professor (isto é, do trabalhador curricular) é a experiência dos alunos e não a classificação dos estudantes por categorias, considerando-se assim a identidade não ostensiva, ou seja, a identidade que não se define por caraterísticas enquadráveis em categorias como raça, etnicidade, religião, género e orientação sexual – logo mais difícil de identificar visualmente. Importa perceber se os critérios usados com os alunos dos ensinos básicos e secundário abordados no primeiro estudo são também usados entre pares na reconstrução da identidade profissional dos professores, no que concerne ao respeito pelas experiências, inclusão social, aceitação da identidade pessoal e cultural do professor, e ao (possível) assentimento de identidades não ostensivas entre professores em contexto de ensino superior. |
Identificador |
Pinto, S. C. e Sousa, F. (2015). "Cultura, experiência e inclusão social em abordagens curriculares sensíveis à identidade não ostensiva". In L. Almeida, A. Araújo, J. Cruz, J. C. Morais e M. Simões (Orgs.). Atas do 2.º Congresso Internacional "Psicologia, Educação e Cultura" (pp. 603-626). Vila Nova de Gaia: Edições ISPGaya. 978-972-8182-17-5 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Edições ISPGaya |
Direitos |
restrictedAccess |
Palavras-Chave | #Currículo #Identidade #Inclusão Social |
Tipo |
conferenceObject |