A perspetiva dos terapeutas ocupacionais sobre os seu trabalho enquanto elemento da equipa escolar


Autoria(s): Gonçalves, Susana
Contribuinte(s)

Cunha, Maria João

Trigueiro, Maria João

Data(s)

26/11/2012

26/11/2012

2012

Resumo

Atualmente, as escolas regem o seu funcionamento de acordo com o paradigma inclusivo, uma vez que a legislação em vigor assim o indica. A mudança entre o paradigma segregador (em que a crianças com problemáticas diversas eram ensinadas separadamente) para o paradigma inclusivo (em que todas as crianças deveriam usufruir de uma educação igualitária) surgiu decorrente das progressivas mudanças a nível social que vieram encorajar a aceitação da diferença e o reconhecimento da diversidade (Correia M. , 2008). Consequentemente, os serviços e apoios prestados pelas equipas escolares também sofreram alterações, passando a considerar cada criança como um individuo com necessidades únicas, às quais o contexto deve proporcionar um ensino igualitário e de qualidade (Pape, Ryba, & Case-Smith, 2004; Jenkinson, Hyde, & Ahmad, 2008). Nestas equipas escolares, encontra-se presente como elemento ativo, o terapeuta ocupacional. Assim, o presente estudo pretende conhecer a perspetiva dos terapeutas ocupacionais a trabalhar nas equipas escolares em contexto inclusivo quanto às experiências de colaboração com a equipa que intervém com a criança. Esteve na sua base uma metodologia qualitativa, em que amostra é constituída por cinco terapeutas ocupacionais, a trabalhar em escolas e jardins-de-infância contemplando a zona norte do país. Foi utilizado o método de amostragem estratégica, de forma a contemplar várias realidades. Como instrumento de recolha de dados foi utilizada a entrevista semiestruturada, com posterior análise de conteúdo para interpretação e discussão dos dados obtidos. Os principais resultados indicam que os terapeutas descrevem o seu papel com base na passagem de estratégias e promoção da autonomia. Reconhecem, ainda, vários benefícios decorrentes do trabalho em equipa de forma colaborativa. Contudo, relatam as experiências de colaboração, maioritariamente pela negativa, tendo por base as barreiras e desafios que encontram para efetivar este processo. Deixam, também, sugestões de aspetos a melhorar, embora não contemplem todas as barreiras/desafios sentidos na colaboração com a restante equipa escolar.

Nowadays, schools manage their functioning according the inclusion paradigm, as the current legislation so indicates. The shift from the segregation paradigm (according to which children with various problems were taught separately) to the inclusion paradigm (according to which all children should be provided an equalitarian education) appeared due to the progressive changes on a social level that encouraged the acceptance of the difference and the recognition of the diversity (Correia M. , 2008). Consequently, the provided services and supports by school teams also suffered changes, considering each child as an individual with unique needs to which the context must provide an equalitarian quality education (Pape, Ryba, & Case-Smith, 2004; Jenkinson, Hyde, & Ahmad, 2008). In these school teams, one can find present as an active element, the occupational therapist. As such, this study aspires to know the perspective of occupational therapists working with school teams in an inclusive setting towards the collaborative experiences with the team that intervenes with the child. This study was worked upon a qualitative methodology, in which the sample is composed by five occupational therapists working in schools and kindergartens throughout the northern part of the country. The strategic sample method was used in order to include various realities. As collection instrument, it was used the semi-structured interview, with subsequent analysis of content for interpretation and discussion of obtained data. The main results indicate that the occupational therapists describe their role in relation with the passing of strategies and promotion of autonomy. They also recognize many benefits derived from team work in a collaborative way. However, they describe the collaborative experiences mainly form a negative point of view, due to the barriers and challenges found during the process. Moreover they provided suggestions of aspects to improve, not including, however, all barriers/challenges felt during the collaboration with the remaining school team.

Identificador

http://hdl.handle.net/10400.22/844

Idioma(s)

por

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Contexto escolar #Equipa escolar #Inclusão #Processo colaborativo #Terapia Ocupacional #School context #School team #Inclusion #Collaborative process #Occupational Therapy
Tipo

masterThesis