Crescimento da população idosa no Brasil: transformações e conseqüências na sociedade


Autoria(s): Veras,Renato P.; Ramos,Luiz Roberto; Kalache,Alexandre
Data(s)

01/06/1987

Resumo

São discutidas as transformações sociais e econômicas que incidem sobre a vida dos idosos decorrentes do aumento da população de 60 anos ou mais, no Brasil. O processo migratório e a intensa urbanização (em 1940 a população rural era de 68,8% e em 1980 de 32,4%) afetaram particularmente a população idosa dos grandes centros, ou daqueles que envelheceram nestas cidades. Esta nova organização social acentuou os problemas de solidão e pobreza dos idosos. Além desta perda de status social que exclui sua participação na sociedade moderna, o idoso teve também reduzido o suporte emocional no interior de sua família. Entre os fatores que concorrem para tal, destacam-se a mudança do padrão do modelo familiar, de extensa para nuclear, a maior mobilidade e o aumento do número de separações e divórcios. O maior período de vida da mulher e suas conseqüências (redução de renda, aumento do número de viúvas e maior freqüência de longos períodos de doenças crônicas), como também a mudança do papel social da mulher no mundo contemporâneo, fazem parte de uma discussão específica relativa à mulher e à velhice. A questão do trabalho, da aposentadoria e do custo social (coeficiente de dependência) é outro aspecto abordado.

Formato

text/html

Identificador

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101987000300007

Idioma(s)

pt

Publicador

Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo

Fonte

Revista de Saúde Pública v.21 n.3 1987

Palavras-Chave #Envelhecimento da população #Mudanças sociais #Idosos #Migração rural-urbana #Família #Mulheres #Aposentadoria #População inativa
Tipo

journal article