Canudos como cidade iletrada: Euclides da Cunha na urbs monstruosa


Autoria(s): Ventura<A NAME="top1"></A>,Roberto
Data(s)

01/01/1997

Resumo

Euclides da Cunha interpretou o conflito de Canudos (1896-7) a partir de fontes orais, para afirmar o caráter sebastianista e messiânico do movimento. Baseou-se em poemas populares e em profecias apocalípticas, que atribuiu a Antônio Conselheiro, para criar, em Os sertões (1902), um retrato sombrio do líder da comunidade. Os sermões do Conselheiro, recolhidos em dois volumes manuscritos a que Euclides da Cunha não teve acesso, mostram um líder religioso, muito diferente do fanático místico retratado em Os sertões. Revelam um setanejo letrado, capaz de exprimir suas concepções políticas e religiosas, vinculadas a um catolicismo tradicional, corrente na igreja do século XIX.

Formato

text/html

Identificador

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-77011997000100006

Idioma(s)

pt

Publicador

Departamento de Antropologia, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo - FFLCH/USP

Fonte

Revista de Antropologia v.40 n.1 1997

Palavras-Chave #Euclides da Cunha #Antonio Conselheiro #guerra de Canudos #messianismo
Tipo

journal article