O Aplanamento das Imagens


Autoria(s): Viveiros, Paulo
Data(s)

30/07/2009

30/07/2009

2007

Resumo

A densidade visual da pintura flamenga e holandesa afirmou-se devido a uma nova forma de conceber o mundo e o olhar, fornecendo óptimos exemplos de comparação para com o actual cinema digital, desde as epopeias densamente habitadas por milhares de figurantes em programas de auto-gestão, até à densidade visual das layers de pósprodução. Christine Buci-Glucksmann chamou-lhe “olho cartográfico” e Svetlana Alpers “arte da descrição”. Ambos os conceitos lidam com um olhar nómada, presente também nos panoramas dos séculos XVIII e XIX, devido a enquadramentos arbitrários, mas onde os amplos espaços enquadrados, num ponto de vista ideal, por vezes funcionam como controlo do mundo através da “panoramização” do espaço, que lhe retira o relevo, as profundidades distantes e inacessíveis. Tudo está ao alcance do olho. As imagens tornaram-se semelhantes aos mapas, sendo que estes tinham projectado o mundo num plano. Isto gerou um efeito-superfície que se generalizou, transformando paredes em “peles digitais” e a profundidade na horizontalidade plana electrónica, como defende Buci-Gluksmann.

Formato

117244 bytes

application/pdf

Identificador

978-989-95500-1-8

http://hdl.handle.net/10437/570

Idioma(s)

por

Publicador

Braga: Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (Universidade do Minho)

Palavras-Chave #CINEMA #PINTURA #NARRATIVA VISUAL #CINEMA #PAINTING #VISUAL NARRATIVE
Tipo

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