Germinação e crescimento de Calophyllum brasiliense (Clusiaceae), uma espécie típica de florestas inundadas
Contribuinte(s) |
Universidade Estadual de Campinas |
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Data(s) |
01/04/2000
03/12/2015
03/12/2015
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Resumo |
Soil waterlogging and the subsequent reduction in the amount of oxygen available for the respiration of the root system selected, along the evolutive process, plants able to thrive in seasonally or permanently flooded areas. In neotropical plants there are many types of adaptations to flooding. In this paper we present the results of the work carried out with seeds and seedlings of C brasiliense subjected to hypoxia during germination and early development. C brasiliense seeds are not photoblastic and survive up to three months burried in a water saturated substrate, but germination only takes place in well-drained soils. Soil waterlogging does not inhibit seedling growth and there are no apparent morphological changes of the aerial part of flooded plants. New and aerated roots that make plant survival possible replace old and spoiled roots. In contrast to many typical species of flood-prone areas where growth is inhibited by oxygen stress. C. brasiliense seedlings seem to be well adapted to their waterlogged environment. Seed dispersion, the absence of photoblastic response as well as seed and seedling capacity of surviving and growing in waterlogged soils contribute to the wide geographic distribution of C. brasiliense always associated with areas subjected to soil waterlogging. A saturação hídrica do solo e a conseqüente diminuição na quantidade de oxigênio disponível para o sistema radicular selecionaram, ao longo do processo evolutivo, plantas capazes de sobreviverem à inundação sazonal ou permanente. Nas espécies neotropicais as adaptações que permitem suportar este estresse são bastante diversificadas. Neste trabalho foram estudados a germinação das sementes e o crescimento inicial das plantas de Calophyllum brasiliense, em condições de hipoxia. As sementes de C brasiliense não são fotoblásticas, sobrevivem ao menos três meses submersas, mas germinam apenas em solo bem drenado. A inundação não inibe o crescimento da planta. Não houve mudanças morfológicas na parte aérea das plantas, mas a substituição das raízes formadas no período pré-inundação por um sistema radicular eficiente talvez seja o principal motivo que permita o crescimento normal das plantas em áreas inundadas. Ao contrário de algumas espécies de locais sujeitos ao alagamento, cujas plantas têm o crescimento inibido pelo estresse, o ciclo de vida de C brasiliense está adaptado à inundação temporária ou permanente. A diversificação da forma de dispersão, a indiferença em relação à luz e a capacidade de sobreviver e crescer em solo inundado são características que contribuem para a ampla distribuição geográfica da espécie, sempre associada a áreas alagáveis. 113 120 Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) |
Identificador |
Acta Botanica Brasilica. Sociedade Botânica do Brasil, v. 14, n. 1, p. 113-120, 2000. 0102-3306 S0102-33062000000100010 10.1590/S0102-33062000000100010 http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062000000100010 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062000000100010 http://www.repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/24786 |
Idioma(s) |
pt |
Publicador |
Sociedade Botânica do Brasil |
Relação |
Acta Botanica Brasilica |
Direitos |
aberto |
Fonte |
SciELO |
Palavras-Chave | #arbórea #neotropical #germinação #hipoxia #tolerância à inundação #flooding tolerance #germination #hypoxia #neotropical |
Tipo |
Artigo de periódico |