A trajectória do auto-retrato pintado na história da arte em Portugal : da emergência à afirmação do género, na contemporaneidade, 1470-1975
Contribuinte(s) |
Serrão, Vítor, 1952- |
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Data(s) |
30/03/2015
30/03/2015
2015
2014
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Resumo |
Tese de doutoramento, História (História da Arte), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2015 O objecto da presente dissertação é o estudo da trajectória descrita pelo auto-retrato pintado na História da Arte em Portugal, entre 1470 e 1975. A análise centra-se num corpus de auto-retratos referenciados à produção retratística de matriz europeia, enquadrando-se cada um dos exemplares em termos históricos, artísticos e tipológicos, de modo a compreender o seu sentido epocal e percepcionar o percurso de afirmação do Auto-Retrato em relação ao Retrato. Pretende-se apresentar uma visão panorâmica sobre os processos de auto-representação, ao longo de um arco cronológico abrangendo cerca de cinco séculos, destacando esquemas de representação desenvolvidos na auto-retratística, tais como processos de apresentação do modelo, enquadramento da figura no espaço de representação, atitudes, expressões, gestualidades, atributos, símbolos, etc. Destaca-se, assim, a singularidade do auto-retrato português, a partir de fases desdobradas em meio milénio, numa tradição que remonta ao retrato de grupo de Nuno Gonçalves no século XV, até às representação de Columbano, Aurélia de Souza, Artur Loureiro, Almada, Mário Eloy ou Paula Rego, passando pelo auto-retrato do Barroco, do Romantismo ou do Naturalismo, todas elas com as suas características específicas. A reflexão visa discernir a complexidade de linguagens que evoca cada auto-retrato, na singularidade da sua representação e enquanto registo artístico profundamente subjectivo, a partir de um olhar do nosso tempo, quando os cientistas do cérebro procuram um conhecimento mais profundo sobre a consciência e sobre o intelecto, apontando também para um novo diálogo entre a Arte e as Neurociências. Tempo em que o indivíduo se vê confrontado com o risco de anonimato gerado pelas novas formas de imagens estereotipadas e ameaçadoramente invasivas da identidade pessoal e da essência humana. The main goal of this thesis is to describe the history of the Self-Portrait in Portugal between 1470 and 1975. The assay aims to understand the meaning of the paintings in the context of their time and the development of the Self-portrait in opposition with the portrait. Historical, artistic and tipology aspects of the Self-Portraits are analysed under the concept of European painting framework. An overview of five centuries of self-representation is outlined, in relation to representation schemes such as model presentation, understanding of the figure in the representation context, attitudes, gestures, attributions and symbols. The singularity of the Portuguese Self-Portrait is highlighted and described in periods of half-millennium. The specificities of all phases are emphasized, beginning with the group portrait by Nuno Gonçalves in the fifteenth century and going through the Self-Portrait in Baroque, Romanticism and Naturalism until the representations of Columbano, Aurélia de Souza, Artur Loureiro, Almada, Mário Eloy and Paula Rego. A reflexion is done on the complexity of languages evoked by each painting as a unique representation and also as a subjective piece of art. Nowadays stereotyped images threaten identity and human essence and confront the individual with anonymity. In an era of a deeper research on mind and cognition, painting may evoque a new dialogue between Art and Neurosciences. |
Identificador |
http://hdl.handle.net/10451/17817 101305389 |
Idioma(s) |
por |
Direitos |
restrictedAccess |
Palavras-Chave | #Auto-retratos - Portugal - 1470-1975 #Pintura - Portugal - séc.15-20 #Teses de doutoramento - 2015 |
Tipo |
doctoralThesis |