O ensino e a aprendizagem militares em Portugal e no Império, de D. João III a D. Sebastião : a arte portuguesa da guerra


Autoria(s): Feio, Gonçalo Maria Duarte Couceiro
Contribuinte(s)

Domingues, Francisco Contente, 1959-

Data(s)

23/04/2014

23/04/2014

2014

Resumo

Tese de doutoramento, História (História dos Descobrimentos e da Expansão), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2014

Durante o século XVI, na ausência de um exército de terra permanente, de carácter nacional, a Coroa portuguesa apoiou-se nos pequenos corpos militares de artilheiros, nas suas armadas, e na contratação de soldados para garantir a presença e segurança militares no reino e no império. Se, no início do século, a Coroa ainda contou com as hostes senhoriais em diversas operações militares, a partir dos anos 1520 a hoste militar, bem como as Ordens Militares, perdem gradualmente a sua importância. Sem a existência de uma instituição militar, formal, o processo de ensino e aprendizagem, a que nunca se dera forma institucional, encontrava-se sujeito à transmissão de conhecimentos por imitação e repetição de práticas. As condicionantes geográficas e demográficas, por seu turno, marcaram a forma portuguesa de fazer a guerra e a tipologia das operações. A cultura de guerra dos seus protagonistas, a forma como entendiam e praticavam o poder militar foi-se transformando, lentamente, no quadro de uma revolução militar que promoveu a transferência de ensinamentos e tecnologias à escala global. O Estado moderno está em gestação e o poder militar é usado como alavanca para a sua estruturação e para facilitar a centralização do poder de Estado na Coroa.

With no permanent army besides small units of artillery, fleet crews and fortress garrisons the Portuguese crown had to ensure military presence and security both in kingdom and empire during the XVIth century. In the beginning of the century the crown still relied also on the noble host for a few military operations but from the 1520s the noble host and the Military Orders gradually start losing their power and significance. Without a permanent and formal military institution the process of teaching and learning became dependent upon simple processes of learning through imitation and procedure repetition. On the other hand, geography and demography were deciding factors in the way Portuguese wage their war. Modern State is rising and military power plays a main role in the centralisation of the Crown's power.

Identificador

http://hdl.handle.net/10451/10965

101424264

Idioma(s)

por

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Arte e ciência militares - Portugal - séc.16 #Ensino militar - Portugal - séc.16 #Portugal - História militar - séc.16 #Teses de doutoramento - 2014
Tipo

doctoralThesis